Tentativa de assalto revela falha de segurança nos bancos

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Uma tentativa de assalto na agência 504 Sul da Caixa, na sexta-feira 9 de fevereiro, levou o pânico e colocou em risco a vida dos empregados da dependência, expondo a falta de segurança que impera nas agências do banco.

Uma tentativa de assalto na agência 504 Sul da Caixa, na sexta-feira 9 de fevereiro, levou o pânico e colocou em risco a vida dos empregados da dependência, expondo a falta de segurança que impera nos bancos.

Um homem armado com uma pistola entrou sem ser incomodado na sala de auto-atendimento da agência e tentou assaltar a proprietária de uma casa lotérica no momento em que ela entrava no banco para fazer um depósito. Após uma troca de tiros com o vigilante da agência, o assaltante foi ferido no braço e conseguiu fugir, sem ser identificado.

"Essa tentativa de assalto demonstra dois graves problemas na política de segurança da Caixa e de outros bancos", questiona Enilson da Silva, secretário-geral do Sindicato. "Há muito tempo os sindicatos e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) reivindicam da Febraban a instalação de portas giratórias de segurança na entrada das salas de auto-atendimento. Se tivesse a porta giratória, o assaltante não teria conseguido entrar armado na dependência."

Outro problema é a falta de uma política de segurança na relação com as lotéricas. "É óbvio que qualquer um sabe que as lotéricas fazem seus depósitos de documentos e numerário nas agências da Caixa", critica Ricardo Coelho, diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN). "É preciso que as lotéricas passem a usar carro-forte ou criem outros dispositivos mais seguros para efetuar os depósitos."

Plano de Segurança

Após diversas reuniões da Coordenação Geral de Controle de Segurança Privada da Polícia Federal, a PF expediu normativa obrigando os bancos a contemplar com um ou mais vigilantes o ambiente destinado ao funcionamento de terminais eletrônicos de atendimento ao público. A normativa atende uma antiga reivindicação do movimento sindical bancário. O único banco que não cumpre a normativa da PF é o Bradesco.

“Em 2005, O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que os processos judiciais que abrangem questões relacionadas com a segurança bancária e integridade física dos empregados devem ser objeto da Justiça do Trabalho”, lembra Raimundo Dantas, diretor do Sindicato e representante da entidade na Comissão Temática de Segurança Bancária.