Na última sexta-feira (12) o Sindicato recebeu diversas denúncias sobre um surto de caxumba no prédio da 512 Norte da Caixa e esteve no local para acompanhar o o trabalho da GESEC/GENER/SESMT e da Vigilância Sanitária.
O surto de caxumba acometeu 12 trabalhadores de empresa terceirizada e assustou toda a comunidade do prédio. Num primeiro momento, a orientação dada foi interditar as áreas onde os trabalhadores estavam (andar térreo), bem como utilizar luvas e máscaras.
A caxumba é uma doença causada por vírus, cujo contágio se dá por meio de gotículas de saliva e provoca sintomas como febre, calafrios, dores de cabeça e musculares, bem como fraqueza.
Com a chegada da Vigilância Sanitária, houve a liberação do prédio e a recomendação principal é aumentar os cuidados com a higienização pessoal e ambiental. Além disso, nas áreas afetadas, será feito o bloqueio vacinal com o objetivo de imunizar os trabalhadores. A GILOG/BR foi acionada para ampliar a limpeza das unidades.
Foram promovidas reuniões nas áreas afetadas e em outras unidades para orientação geral para minimizar a ansiedade dos empregados.
“O bloqueio somente será feito nas unidades afetadas, mas todo o prédio será monitorado por 35 dias (contados sempre do último caso relatado). Os demais empregados que quiserem atualizar a caderneta de vacinação deverão procurar o posto de saúde conforme orientação da área da Vigilância Sanitária”, disse a diretora do Sindicato Fabiana Uehara, que esteve no local.
Sintomas iniciais e inespecíficos de adoecimento como mal estar geral, dor muscular geral, estado febril, coriza, dor de garganta ou de ouvido devem ser investigados e recomendamos a ida ao Pronto Atendimento.
“Reforçamos a orientação, no geral, dos bancários reforcem os hábitos de higiene, não compartilhando utensílios e lavando sempre as mãos, por exemplo”, complementou a diretora Ilva Alves (Duda), da Fetec-CUT/CN.
Além de Fabiana, estiveram no local os dirigentes sindicais Marianna Coelho e Francinaldo Costa.
Caxumba: saiba mais
Também conhecida como papeira, essa virose prevenível por vacina é mais frequente na infância e produz imunidade permanente. O sintoma mais característico, presente em 65% dos casos, é o inchaço nas bochechas e na mandíbula, produzido pelo aumento das glândulas salivares. A doença causa febre, dor de cabeça e pode acometer outras glândulas como o testículo, o que, em episódios mais graves, leva até mesmo à esterilidade. Além disso, uma em cada dez pessoas pode desenvolver meningite viral (inflamação das membranas do cérebro).
A vacinação em massa ajudou a reduzir significativamente os antes frequentes surtos de caxumba, capazes de atingir até 85% dos adultos não imunizados. É interessante destacar que a enfermidade é mais grave no grupo, mas, ainda assim, 33% dos infectados não apresentam sintomas.
Infelizmente, apesar do controle possibilitado pela vacinação, vimos o número de surtos aumentar no Brasil nos últimos anos. A explicação provável para o crescimento é a grande quantidade de jovens adultos que não foram vacinados na infância porque a vacina tríplice viral não fazia parte da rotina de vacinação ou por não terem participado das campanhas instituídas pelo Ministério da Saúde.
Embora seja pouco comum e as complicações ainda mais raras, pessoas vacinadas também podem adoecer em surtos, visto que a eficácia da vacina após a aplicação das duas doses necessárias para a proteção adequada é de 80%-90%. As chances de situações como essa ocorrerem, no entanto, caem muito se todos (crianças, adolescentes e adultos) se vacinarem. Quanto maior a cobertura vacinal, menor a circulação de vírus no ambiente.
Transmissão: Causada pelo Paramyxovirus, a caxumba é transmitida pelo contato com gotículas de saliva da pessoa infectada.
Vacinas disponíveis: Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) Quádrupla viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).
Da Redação com informações da Sociedade Brasileira de Imunizações