SP: Dia Nacional de Luta pára coração financeiro do Brasil nesta manhã

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Os bancários da região da Avenida Paulista aderem totalmente ao Dia Nacional de Luta promovido pelo Sindicato na manhã desta quinta-feira, dia 25. A manifestação é contra a proposta apresentada pelos bancos na sétima rodada de negociação realizada na quarta-feira, 24, que não atende as reivindicações da categoria.

São 57 agências e cerca de 1.500 trabalhadores do Itaú, Bradesco, HSBC, Unibanco, Safra e Banco do Brasil que atrasaram o início das atividades até o meio-dia desde a Rua Bernardino de Campos, ainda antes do início da Paulista, até próximo à Rua da Consolação.

Vários bancários estão concentrados em frente à agência do Bradesco localizada no número 1.415 da Avenida Paulista, onde há distribuição de algodão-doce e chupetas (símbolo da campanha Não Chora Banqueiro), café, leite com chocolate e pipoca. Lá também acontece um show com a banda Altitude Zero e artistas circenses com pernas-de pau e malabares.

Carros de som do Sindicato percorrem toda a extensão da avenida para informar a população sobre os motivos que levaram os trabalhadores a protestar.

“Estamos reunidos no Dia Nacional de Luta, que acontece em todo o país, dando um recado para os banqueiros: se eles não apresentarem uma proposta decente, vamos para a greve por tempo indeterminado”, disse Juvandia Moreira, secretária-geral do Sindicato, durante o ato.

Para uma bancária do BB, que não quis se identificar, a proposta da Fenaban é “indecente”. “Pela reestruturação que o Banco do Brasil passa, já perdemos os bônus e as substituições e esperávamos alguma compensação com a proposta”, diz. Uma colega de trabalho, grávida, acrescenta: “Sou vítima de assédio moral de meu chefe, que está tirando contas minhas apenas porque estou esperando meu filho e isso afeta a minha carteira. Parece que eu estou doente. Apesar disso tudo, gosto muito de trabalhar no BB, estou dando bons resultados ao banco e contribuindo para os seus lucros”, diz.

Rejeitada

A proposta dos bancos, rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários, indicava reajuste insuficiente para salários e demais verbas. Os banqueiros também não querem mudar a regra da PLR, que hoje reduziria ou até anularia o valor adicional. A Fenaban também não tem proposta para a valorização dos pisos.

“Nossa mobilização é para deixar bem claro aos banqueiros que os trabalhadores querem aumento de salários e não aceitam PLR inferior à do ano passado”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato, que faz parte do Comando.

Assembléia

Os trabalhadores realizam assembléia na Quadra dos Bancários (Rua Tabantingüera, 192, Sé) na segunda-feira, 29, para deliberar sobre greve de 24 horas no dia 30 de setembro.

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região