Sindicato voltará a cobrar do Santander o fim das demissões

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Na segunda rodada, realizada na segunda-feira (15), a Contraf-CUT, federações e sindicatos, incluindo o de Brasília, garantiram o compromisso do banco com a renovação de várias cláusulas do atual acordo coletivo aditivo à Convenção Coletivo de Trabalho (CCT). O banco ficou também de verificar o atendimento com avanços das demais cláusulas e das novas demandas dos bancários.

Diversas reivindicações foram discutidas para inclusão no aditivo. Uma das propostas é a criação de um centro de realocação de funcionários, como no caso de fechamento de agências, para evitar demissões. Outra é o adiantamento de férias com parcelamento em dez vezes e sem juros.

Há também demandas como a criação de um auxílio moradia, a isenção de tarifas e a redução dos juros para funcionários da ativa e aposentados, o auxílio academia para todos, o pagamento das despesas para a certificação da Anbima, o auxílio ao estudo de idiomas e a bolsa de férias, dentre outras.

Denúncias

Houve ainda entrega de denúncias pelos sindicatos de Brasília e do Mato Grosso sobre a utilização descabida de atas com instruções normativas e coleta de assinaturas de funcionários como instrumentos de pressão no trabalho, causando pânico e terror entre bancários já sobrecarregados e adoecidos, além de penalidades como advertências e até demissões por justa causa. Na terceira advertência, o funcionário é demitido por justa causa.

Os dirigentes sindicais salientaram que o banco tem que acabar com essas práticas abusivas, que também ocorrem em outras regionais, garantindo respeito à jornada, pois há casos de funcionários responsáveis por abertura de contas universitárias que trabalham até mais de dez horas por dia e sem registro no ponto eletrônico.

Próxima negociação

Na terceira rodada de negociação específica com o Santander, com data a ser definida, o Sindicato voltará a debater com os representantes da instituição financeira o déficit de funcionários nas agências do Distrito Federal, as demissões, o descumprimento da cláusula 36 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) – que dispõe sobre o monitoramento de resultados e proíbe a exposição do ranking individual de metas dos funcionários.

Os representantes sindicais ainda querem garantir que o banco espanhol ponha fim às abordagens feitas aos funcionários fora do horário comercial, especialmente através de grupos no WhatsApp.

“Apesar de o banco afirmar que está contratando, nós temos verificado nas agências que raramente há novos funcionários”, informou a secretária de Administração do Sindicato, Rosane Alaby. Segundo ela, “também será cobrado novamente do Santander o fim da banalização de advertências, uma vez que os funcionários, além de sobrecarregados e adoecidos, estão apavorados com essas medidas de disciplina que vêm ocorrendo constantemente e sem chances de defesa, forçando a justa causa”, afirmou a dirigente sindical, que é bancária do Santander e representa os trabalhadores de Brasília nas negociações com a instituição financeira.

Da Redação