Sindicato repudia com veemência mais uma demissão imotivada no Itaú

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Parece não ter limite o descaso e desrespeito do Itaú Unibanco com seus funcionários. Mais uma vez a instituição financeira afrontou os direitos dos trabalhadores – dessa vez, com a demissão de um bancário com mais de 33 anos de dedicação ao banco. A alegação da empresa, que já se mostrou equivocada, é que o gerente de relacionamento já estava aposentado pelo INSS. Informada no último dia 13, a demissão ocorreu logo após o bancário retornar de licença-médica.

Mesmo tendo sofrido dois infartos em 2009, o funcionário continuou se dedicando à empresa. Prova disso são os quatro prêmios do programa Agir (programa próprio de remuneração variável do banco) que ganhou durante sua carreira. Nem mesmo as ótimas avaliações do bancário foram suficientes para inibir o desrespeito do Itaú Unibanco, que decidiu levar a demissão adiante, desrespeitando não só o trabalhador, mas também a cláusula 25ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Segundo a cláusula, que trata das estabilidades provisórias de emprego, o trabalhador tem direito à pré-aposentadoria “por 24 (vinte e quatro) meses imediatamente anteriores à complementação do tempo para aposentadoria proporcional ou integral pela previdência social, respeitados os critérios estabelecidos pela legislação vigente, os que tiverem o mínimo de 28 (vinte e oito) anos de vinculação empregatícia ininterrupta com o mesmo banco”.

Diretora da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Conceição Costa afirma que o Sindicato se recusou a realizar a homologação. “Nós garantimos a cláusula de estabilidade com um longo processo de negociação. O banco não pode desrespeitar a Convenção Coletiva de Trabalho e nós, representantes dos trabalhadores, cobraremos uma posição do banco sobre o assunto. Não realizaremos a homologação nessas condições”, destacou.

“De forma injusta, o Itaú vem atacando seus trabalhadores, verdadeiros responsáveis pelos resultados que o banco vem apresentando. O bancário demitido, que dedicou grande parte de sua vida ao Itaú, recebeu de presente de Natal sua demissão. O Sindicato e a Fetec-CUT/CN continuarão atuando para coibir essas práticas e defender, acima de tudo, os direitos dos trabalhadores do Ramo Financeiro”, destacou Conceição.

Pricilla Beine
Do Seeb Brasília