Sindicato realiza manifestação no Bradesco por melhor atendimento

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Com o objetivo de chamar atenção da população para a sobrecarga de trabalho dos bancários e a exploração dos clientes, o Sindicato realizou, no início da tarde desta quinta-feira, manifestação na agência do Bradesco do Setor Comercial Sul (SCS), mais conhecido como Bradescão.

Diretores do Sindicato entregaram o jornal Bancário Cidadão, que traz na manchete o julgamento da ação apresentada pela Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif) propondo a exclusão dos serviços bancários do Código de Defesa do Consumidor (CDC). O Supremo Tribunal Federal (STF) derrotou os bancos e manteve os serviços bancários no CDC.

O Bancário Cidadão também detalha os lucros do Bradesco no primeiro trimestre e informa ainda que o banco hoje cobre toda a sua folha de pagamento com o dinheiro das tarifas e taxas bancárias. "Uma das soluções para a melhora do atendimeto bancário é a ampliação do horário das agências das 9h às 17h", afirma Márcio Teixeira, diretor do Sindicato.

A manifestação contou com a apresentação do mímico Mikéias Paes, que fez esquete sobre a estafante rotina do trabalho bancário.

José Avelino, diretor do Sindicato, lembrou que a culpa pelo atendimento precário não é dos bancários, que estão cada vez em menor número nas agências. "O Bradesco vem demitindo bancários e não substitui nem aqueles que adoecem. E as doenças do trabalho têm sido cada vez mais freqüentes no banco por causa da excessiva carga de trabalho e da pressão para cumprimento de metas", destaca Avelino.

Lucros
Somente nos primeiros três meses de 2006, o Bradesco teve lucro líquido de R$ 1,53 bilhão. Entre as principais fontes de receita do banco estão a cobrança dos juros mais altos do mundo e taxas e tarifas escorchantes de quem tem conta ou usa os serviços.

Em média, cada cliente de banco paga por mês R$ 22,48 por um pacote de serviços, segundo estudo da Fundação Procon/SP. Só em 2005, o Bradesco embolsou R$ 5,2 bilhões com cobranças de tarifas e taxas.