BB: Sindicato protesta contra prejuízos na reestruturação da Gecex

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Funcionários do Banco do Brasil receberam um presente de Natal antecipado bem indigesto com o anúncio da reestruturação nas Gerências Regionais de Comércio Exterior (Gecex). Diante da situação, o Sindicato fez novo ato nesta quarta-feira (26), em frente ao Edifício Sede III, para protestar contra a postura arbitrária do banco de extinguir postos de trabalho em Brasília e não dar garantias aos bancários.

A manifestação ocorreu em várias cidades brasileiras. No país são aproximadamente 140 bancários atingidos diretamente e em Brasília há 19 casos.

“O Banco do Brasil prejudica os trabalhadores quando organiza uma reestruturação sem considerar direitos mínimos para os bancários. A instituição tem que garantir a eles a possibilidade de permanência na atual base territorial com a mesma remuneração”, destaca Rafael Zanon, representante da Fetec-CN/CUT na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Após várias negociações a partir do movimento nacional dos trabalhadores do país com o apoio dos sindicatos, inclusive o de Brasília, os funcionários das áreas atingidas conseguiram o adiamento do prazo da reestruturação para 12 de janeiro e, ainda, um novo dimensionamento dos cargos dos assistentes júnior em Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo, facilitando a migração na lateralidade.

Apesar da extensão do prazo para a reestruturação, o Sindicato ainda cobra a manutenção dos direitos dos bancários na nova função.

“O BB é banco público e precisa ser tratado como tal. Desrespeito aos trabalhadores que contribuem com o papel da empresa não é postura compatível com o espírito de público de nossa instituição”, critica o secretário de Saúde do Sindicato, Wadson Boaventura.

Conselho Diretor precisa repensar e reverter atos que lesam os trabalhadores

Durante a manifestação desta quarta-feira, bancários denunciaram a gestão desrespeitosa da atual direção do Banco do Brasil com os trabalhadores da instituição.

O diretor do Sindicato Jeferson Meira denuncia: “O atual Conselho Diretor está fatiando o banco e realizando reestruturações arbitrárias para diminuir os custos com pessoal sem respeitar os direitos dos trabalhadores. Esse não é o BB que queremos”.

O Sindicato alerta aos bancários que os gestores não podem pressionar os funcionários indicados na reestruturação a adiantarem a decisão sobre a transferência antes do encerramento do prazo. Qualquer postura abusiva pode ser denunciada ao Sindicato.
 

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília