Sindicato pede intervenção do Ministério Público na campanha salarial 2015 dos jornalistas

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Sindicato dos Jornalistas do DF participaram nessa quinta-feira, (29) de audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar do impasse nas negociações da Campanha Salarial 2015. Os diretores presentes explicaram que além de não trabalharem com a reposição inflacionária, os patrões retrocederam na última reunião, quando apresentaram uma nova oferta que propõe a retirada do retroativo, acabando assim com a lógica da data-base.

Os representantes sindicais também informaram para Milena Cristina Costa, procuradora do trabalho, que a mesma proposta foi feita pelos empregadores no início das negociações e foi fortemente criticada pela categoria. Em assembleia realizada nesta semana, a categoria se posicionou mais uma vez contrária à retirada de direitos já conquistados pelos trabalhadores. “Os jornalistas não estão dispostos a negociar se os patrões não retirarem essa última opção da mesa”, disse Wanderlei Pozzembom, coordenador-geral do SJPDF.

Leonor Costa, coordenadora-geral do SJPDF, explica que a categoria considerou que a postura do sindicato patronal provoca um impasse nas negociações. “Explicamos que a avaliação dos colegas, na última assembleia, é que a proposta, de tão ruim, não deveria sequer ser submetida à consulta nas redações. Eles entenderam como o maior retrocesso dessa campanha salarial e deixaram claro que os patrões, ao retroceder na proposta, impõem limites ao diálogo. Não há nenhuma possibilidade de debater em cima do que foi proposto”.

O SJPDF irá oficiar o sindicato patronal com a resposta da negativa da categoria e solicitar mais uma mesa de negociação para tratar do assunto. Durante a audiência, os diretores também informaram que foi realizado um ajuizamento do dissídio coletivo, mesmo sem a anuência dos patrões. No entanto, até o presente momento não foi marcada audiência de conciliação.

A procuradora marcou uma nova audiência par ao dia 25 do mês que vem, quando participarão os sindicatos laboral e patronal.

Fonte: Sindicato dos Jornalistas do DF