Sindicato participa nesta quinta (13) do 5° Seminário LGBTQIA+, na Câmara Legislativa do DF

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O Sindicato participa nesta quinta-feira (13) do 5° Seminário LGBTQIA+, que será realizado a partir das 13h na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) com o objetivo de debater a urgência do fim das terapias de conversão sexual, conhecidas como “cura gay”. Com o tema “Preconceito tem cura: Pelo fim dos armários e das terapias de conversão”, o evento é uma iniciativa da Frente Parlamentar para Proteção e Promoção da Cidadania LGBTQIA+, com apoio do Sindicato, e marca o Mês do Orgulho, celebrado neste mês.

Presidido pelo deputado Fábio Felix (Psol), o encontro vai reúnir especialistas e ativistas para abordar os danos físicos e mentais consequentes da prática, além de articular soluções para garantir que a comunidade LGBTQIA+ tenha a vida protegida pelo Estado. A drag queen brasiliense Rubi Ocean, destaque no reality show Drag Race Brasil, e o ativista Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI+, são alguns nomes confirmados no evento.

A ação também conta uma apresentação cultural de ballroom da Casa de Laffond. Haverá entrega de moções de louvor para pessoas que se destacam na luta pelos direitos e proteção da diversidade LGBTQIA+ no DF. O formulário de inscrições ainda está disponível. Aos que desejarem, será emitido certificado de participação.

“Cura gay”

Nos últimos anos, emergiu no Brasil uma ofensiva contra a resolução histórica do Conselho Federal de Psicologia que proíbe as “terapias de conversão”, técnicas para reprimir a orientação sexual e a identidade de gênero de pessoas LGBTQIA+. Felix reforça que o movimento não é isolado, mas fundamentado por religiosos, aliados à extrema direita, que se organizam em vários países para normalizar e institucionalizar a prática.

“Milhares de LGBTs em todo o mundo ainda são vítimas desse tipo de tortura psicológica e até física, oferecida por pessoas e entidades que cometem charlatanismo para propagar a LGBTfobia”, salienta o parlamentar. “Precisamos nos organizar politicamente para criminalizar em todo o Brasil esse tipo de conduta, que submete as pessoas LGBT+ aos tratamentos mais degradantes e a todo tipo de violação dos seus direitos humanos”, enfatiza.

Ao menos 15 países já possuem algum tipo de proibição das “terapias de conversão”, como Canadá, Bélgica, Alemanha, França, Nova Zelândia, Islândia, Espanha e, mais recentemente, o México. Desde 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desconsidera que a orientação sexual dos indivíduos esteja relacionada à uma doença, determinando a homossexualidade como variação natural da sexualidade humana.

Da Redação com informações da CLDF