Sindicato participa em São Paulo de manifestação contra demissões no Itaú Unibanco

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Foto: Leo Pinheiro / Terra

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A simulação de um velório em plena Avenida Paulista, o coração financeiro de São Paulo, mostrou a insatisfação dos bancários com as demissões que vêm ocorrendo no Itaú Unibanco país afora. A manifestação, realizada na manhã desta quinta-feira (28), reuniu cerca de 200 dirigentes sindicais de vários estados e de outros países, que seguiram em ‘cortejo’ do MASP até o Centro Administrativo Brigadeiro, prédio do Itaú com cerca de 2 mil bancários. As diretoras do Sindicato Rosane Alaby e Louraci Morais participaram da atividade.

As cruzes, o caixão e a marcha fúnebre, tocada durante toda a manhã, revelam a realidade das metas abusivas, da falta de condições de trabalho e do clima de tensão vivido pelos funcionários, que são levados ao adoecimento frequentemente em função disso. Apesar disso, os trajes de luto foram trocados por roupas brancas, um pedido de paz no ambiente de trabalho.

Segundo a secretária de Imprensa do Sindicato, Rosane Alaby, essa realidade não condiz com o título de banco sustentável entregue ao Itaú Unibanco pelo jornal inglês Financial Times recentemente. “Mais de três mil bancários já foram demitidos em todo o Brasil, e os que ficaram, trabalham em condições precárias. O movimento sindical vai continuar realizando atividades para coibir essa prática e espera mudanças”.  

Foto: Leo Pinheiro / Terra

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A passeata contou com representantes de todo o país e delegações estrangeiras, que vieram ao Brasil para a 8ª Reunião do Comitê Sindical Internacional do Grupo Santander e a 6ª Reunião do Comitê Sindical Internacional do Grupo Itaú (ambos fóruns da UNI Américas Finanças) e aproveitaram a ocasião para ‘dar um aviso sobre o que tem acontecido’. A secretária de Relações com a Comunidade do Sindicato, Louraci Morais, reafirmou o compromisso do Sindicato com a categoria e disse que as atividades serão intensificadas. “O problema não tem acontecido só no Brasil. Todos os empregados do Itaú Unibanco têm sofrido com a falta de garantias em relação aos seus empregos. Os funcionários merecem ser respeitados. Os lucros enormes que a empresa tem são devido ao trabalho deles”, afirmou.

 

Pricilla Beine
Do Seeb Brasília, com informações do Terra e do Seeb São Paulo