Sindicato paralisa agências do Itaú em protesto contra demissões

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De forma unilateral e irresponsável, o Itaú Unibanco tem demitido trabalhadores que ajudaram a conquistar o lucro recorde registrado pelo banco de R$ 10,9 bilhões. Para protestar contra o desligamento de mais de 5 mil funcionários, o Sindicato retardou a abertura das três agências do banco no Setor Comercial Sul na manhã desta quarta-feira (21).

 

“Estamos aqui em defesa dos bancários, que se matam de tanto trabalhar durante o ano inteiro e no Natal recebem como presente a demissão. Estamos ainda defendendo da população, que também merece mais respeito”, explica Washington Henrique, diretor do Sindicato.

 

O fechamento das agências Palácio do Comércio, Setor Comercial Sul e Brasília Comercial Sul recebeu o apoio dos clientes do banco, que se mostraram indignados com a postura adotada pela empresa, que tem reflexos diretos no atendimento. Para a empresária Abigail Cardoso, os funcionários do Itaú Unibanco merecem ser valorizados. “Deveriam valorizar mais, contratar, e não demitir. Os bancários já sofrem para prestar atendimento de qualidade, é uma injustiça o que estão fazendo”, reclamou.

 

Segundo a diretora do Sindicato e funcionária do Itaú Unibanco Louraci Morais, o banco tem lucrado com a exploração do corpo funcional, já que demite aqueles com mais tempo de casa e, quando contrata, o faz com salários mais baixos. “Ao invés de valorizar os funcionários, os banqueiros estão demitindo. Sofre quem sai e sofre também quem fica no banco, que precisa trabalhar em dobro para cumprir as metas abusivas. Essas pessoas acabam adoecendo por causa da pressão que sofrem diariamente”, apontou Louraci.

 

Mas o descaso do Itaú vai além das demissões. As reformas nas agências acontecem ao mesmo tempo em que os trabalhadores realizam suas tarefas e atendem clientes e usuários, deixando o ambiente inadequado para o trabalho e atendimento bancário. O Sindicato tem fiscalizado esses locais e fechado os que sem condições de funcionamento para que os bancários e clientes não sejam prejudicados.

 

O Sindicato continuará as atividades de protesto até que o banco reveja as demissões e ofereça condições dignas de trabalho e atendimento.

Pricilla Beine
Do Seeb Brasília