O Sindicato realizou nesta terça-feira, 23 de maio, nas agências do Banco Real da 306 Sul, 503 Sul, 502 Norte e do Setor Comercial Sul manifestações em protesto contra a decisão da direção mundial do banco de cortar 2.400 funcionários, dos quais 500 na América Latina. O Brasil representa 90% do quadro de pessoal do continente.
“É um absurdo a direção do Abn Real, que prega aos quatro cantos do mundo que o seu ativo mais importante são os funcionários, ir na contramão do movimento sindical e anunciar demissões em massa”, criticou o diretor do Sindicato e funcionário do banco Edson Gonçalves, lembrando os balanços recordes e as altas tarifas cobradas pela instituição financeira, que dão para cobrir tranqüilamente a folha de pagamento.
O Sindicato colocou faixas de protesto dentro das agências e entregou material a clientes e usuários chamando a atenção deles para o perigo que representa o anúncio de corte de pessoal feito pelo banco. Edson explica: “Ao invés de demitir, o banco deveria era contratar mais. Isso porque o número de correntistas tem aumentado a cada ano e o de funcionários, diminuído, o que pode acarretar a precarização da prestação de serviços à população”.
As mobilizações fazem parte de um conjunto de ações programadas para esta terça-feira, dia internacional de luta dos funcionários do Banco Real, em vários países. Na América do Sul, Chile, Paraguai e Uruguai estiveram mobilizados em diversas atividades. “O caráter transnacional do banco exige estratégias integradas com outros países”, acrescenta o diretor da Federação Centro-Norte Anílton.
Nesta quinta-feira 25, os representantes dos funcionários se reúnem com a direção do Banco Real em São Paulo para tratar de duas das principais reivindicações da pauta entregue para as negociações permanentes: mais emprego e isenção total de tarifas a bancários.
