O Sindicato dos Bancários de Brasília e o Comando Nacional dos Bancários cobraram esclarecimentos da Gerência Nacional de Informações Corporativas e Negociações Coletivas (Geing) da Caixa Econômica Federal sobre o conteúdo de um e-mail enviado aos empregados, detalhando a proposta feita pela Fenaban na sexta-feira (25), durante a quinta rodada de negociação da Campanha Nacional de 2015.
No e-mail, a Caixa apresenta uma tabela com índices de reajustes que significam os 5,5% propostos pelos bancos acrescidos de R$ 192,00 mensais. Esse valor refere-se aos R$ 2.500,00 de abono, também oferecido pela Fenaban, divididos por 13. Logo na primeira coluna (conforme documento em anexo), a referência 201 do PCS teria aumento do vencimento de 14,23%, o que é equivocado. Ou seja, os índices foram calculados como se o abono fosse incorporado aos salários.
Para acabar com qualquer dúvida, o Comando Nacional dos Bancários questionou se a Caixa se propõe a aplicar esse valor fixo na tabela do PCS e na do PFG, com todos os reflexos.
Na resposta, a Geing afirmou: “O abono não possui caráter de incorporação salarial nos cargos efetivos e no Plano de Funções Gratificadas/Cargos em Comissão, bem como quaisquer reflexos em verbas e vantagens pessoais de qualquer natureza”.
Para Antonio Abdan, secretário de Formação do Sindicato, que também é empregado da Caixa, “o que a Caixa tentou fazer foi enganar os empregados. Abono não tem incidência em nada. Não é incorporado ao salário, não reflete sobre o 13º, as férias, as horas extras, e nada. Só serve para pagar Imposto de Renda. Fazer uma mensagem insinuando o contrário é, no mínimo, um desrespeito a categoria”.
Clique aqui e veja o ofício enviado à Caixa
Negociação
O Comando Nacional dos Bancários ainda aguarda o agendamento de uma nova negociação específica com a Caixa. Em resposta ao ofício enviado na quinta-feira (24), o banco informou que não seria possível realizar a reunião na sexta-feira (25), mas ficou de avaliar e propor uma nova data.
Da Redação, com informações da Fenae
