Sindicato esclarece dúvidas sobre reestruturação da Caixa e 7ª e 8ª horas

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Funcionários da Giret e de outras filiais da Caixa se reuniram na última terça-feira (4) com o advogado da assessoria jurídica do Sindicato, Paulo Roberto, para esclarecer dúvidas sobre as ações para pagamento das 7ª e 8ª horas a serem impetradas contra o banco e o processo de reestruturação da Caixa. A reunião ocorreu no prédio da Caixa da 507 Norte, onde existem várias filiais que serão extintas com a reestruturação, como a Recoc, a Redad, Reret e Resec.

As ações judiciais pelo pagamento da 7ª e 8ª horas serão ajuizadas por grupos de bancários, de acordo com a função desempenhada. Os grupos terão entre 15 e 20 pessoas, de forma a facilitar os trâmites legais e minimizar o risco de perdas. Somente os bancários sindicalizados poderão ajuizar a ação através da assessoria jurídica do Sindicato.

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Para a incorporação da 7ª e 8ª horas, as chances de vitória, em Brasília especialmente, são muito boas. Há uma jurisprudência sólida a nosso favor e a experiência mostra que esse tipo de ação costuma ter êxito”, informa o advogado Paulo Roberto.

“Geralmente, o prazo para o término desse tipo de processo dura de um a três anos. Em 1994 foi instituída a tutela antecipada, segundo a qual o juiz pode conceder o benefício pleiteado antes do término do processo, de forma a evitar danos a quem ajuíza a ação. Entretanto, tal coisa não é muito freqüente”, destaca ele.

Quanto à reestruturação, a assessoria atuará de forma a auxiliar os bancários que por ventura venham a sofrer alguma perda. Entretanto, com a confirmação de que uma das centralizadoras será instalada em Brasília, diminuem as chances de perdas reais para os bancários da cidade.

“Dessa vez, Brasília não foi uma das cidades mais atingidas. Entretanto, por uma questão de unidade do movimento sindical, o Sindicato de Brasília mobilizará a categoria para cobrar da Caixa transparência no processo e respeito aos trabalhadores afetados. Só em Goiânia, cerca de 40 trabalhadores perderão suas funções”, destaca Wandeir Severo, funcionário da Caixa e diretor do Sindicato. 

A idéia de realizar esse encontro com a assessoria jurídica do Sindicato e os trabalhadores, para esclarecer melhor a categoria, surgiu em 27 de março, quando o coletivo de diretores do sindicato ligados à Caixa fez uma reunião com o representante da Comissão Executiva dos Empregados  (CEE/Caixa), Jair Pedro Ferreira, para se informar sobre o andamento das negociações com a direção da empresa. “A partir dessa reunião, esperamos que os bancários e os delegados sindicais presentes possam repassar as informações para o conjunto dos trabalhadores”, afirmou Alexandre Severo, funcionário da Caixa e diretor do Sindicato.