O descumprimento das normas mínimas de segurança pode ter facilitado a ação dos bandidos no assalto ao posto de atendimento do Bradesco localizado no subsolo do Quartel General do Exército, na última sexta-feira 8 de maio, em Brasília.
Numa ação rápida, dois homens armados, vestidos de terno e gravata, burlaram o esquema de segurança do QG, entraram na unidade bancária, renderam o gerente e um general do Exército, que foram amarrados e presos em uma sala no fundo do posto bancário, e levaram R$ 8 mil.
Segundo relato de um representante do Sindicato que esteve no local minutos após o crime, para fazer a entrega de jornal da entidade, a unidade não dispõe nem de porta de segurança, nem de câmeras de circuito interno e nem de um vigilante. Recentemente, o Bradesco figurou na lista das instituições financeiras que foram multadas por não atender às leis de segurança, durante a 80ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos da Segurança Privada (Ccasp) do Ministério da Justiça, coordenada pela Polícia Federal.
O representante do Sindicato prestou todo o apoio necessário ao gerente do posto de atendimento.
“A questão da segurança nas agências é uma das principais bandeiras de luta do movimento sindical bancário, mas é ignorada pelos banqueiros. O resultado é o que temos visto nos veículos de comunicação, a ocorrência periódica de assaltos. Isso precisa mudar: funcionários e clientes precisam de mais atenção por parte dos bancos”, cobra o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco Márcio Teixeira, que orienta o funcionário do posto a exigir do banco a emissão de CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho).
