Sindicato denuncia ataques do governo aos trabalhadores adoecidos 

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O governo ilegítimo segue com a sua meta de cortar benefícios assistenciais destinados à população. O alvo atinge diretamente a saúde dos brasileiros mais carentes. Desde 2016, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) já realizou cerca de 800 mil perícias, cancelando 552,9 auxílios-doença e 1 milhão de aposentadorias por invalidez.

 
A previsão é de que as operações pente-fino resultarão em uma economia de R$ 20 bilhões para os cofres públicos até 2020. 
 
O movimento sindical, porém, denuncia essa medida que prejudica os trabalhadores. E acredita que o corte desses benefícios pode provocar um caos social no país, considerando que o governo anunciou sua meta absurda de 80% de economia antes mesmo de saber a realidade desses trabalhadores que estão perdendo indevidamente o auxílio financeiro, fundamental para sua sobrevivência no momento em que eles recuperam a sua saúde para retornar ao trabalho. 
 
Há ainda a questão da falta de transparência nos critérios adotados, que coloca em suspeição os próprios peritos do INSS que concederam o benefício. Além disso, tratam os trabalhadores como fraudadores, não levando em conta que eles são avaliados por um médico assistente e outro da saúde ocupacional da própria empresa. 
 
Para a secretária de Saúde do Sindicato, Mônica Dieb, a questão da governança das empresas públicas é importante, mas a forma como vem sendo feita prioriza a questão financeira em detrimento da sua finalidade que é dar assistência ao cidadão.
 
Mônica acrescenta que a categoria bancária tem sido uma das mais prejudicadas com a política de cortes promovida pelo governo ilegítimo de Temer. “Essa medida, por exemplo, tem provocado o retorno do trabalhador ainda adoecido ao trabalho, pondo em risco a sua recuperação e agravando o seu estado de saúde”, avalia.
 
Bolsa Família
 
Além de benefícios previdenciários, foram revisados os benefícios pagos pelo programa Bolsa Família. Em dois anos, 5,2 milhões de famílias foram excluídas, e outras 4,8 milhões entraram no programa. 
 
Contradição
 
Numa contradição escancarada, ao mesmo tempo em tenta dificultar a vida dos menos favorecidos, Temer perdoa dívidas dos banqueiros, como foi o caso do Itaú, cujos débitos tributários do banco chegavam a R$ 25 bilhões. Os maiores bancos (Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander) continuam sendo devedores da Previdência.

Da Redação