Sindicato cobra fim das demissões no HSBC

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Apesar do lucro líquido de R$ 602,5 milhões só no primeiro semestre de 2012, o HSBC tem demitido milhares de bancários em todo o país. Foram eliminados 1.836 postos de trabalho entre junho de 2011 e junho de 2012, conforme dados do balanço da empresa. No ano passado foram 34 demissões no Distrito Federal e Entorno. E somente em janeiro de 2013, três bancários já foram demitidos. 

Diante dessa situação, o Sindicato dos Bancários de Brasília cobrou explicações do HSBC durante reunião na Superintendência Regional da instituição financeira na capital federal, na sexta-feira 1º de fevereiro, que também tratou das denúncias de assédio moral feitas por bancários.

“O Sindicato está apurando os casos de demissões imotivadas. E as denúncias sobre assédio moral também estão sendo encaminhadas. Sabemos que o banco não está oferecendo condições de trabalho adequadas e ainda piora a situação com esse absurdo de demissões”, ressalta Paulo Frazão, diretor do Sindicato e funcionário do HSBC, que participou da reunião.

Também participaram do encontro o diretor do Sindicato Raimundo Dantas e o diretor da Federação Centro-Norte (Fetec-CN/CUT) José Pacheco.

 

Do sonho à decepção

As três demissões de janeiro de 2013 no DF e Entorno refletem a desvalorização do HSBC para com os funcionários. Um deles era gerente-geral e tinha 18 anos de dedicação ao banco. As outras duas funcionárias trabalhavam na agência de Luziânia e tinham o sonho de  fazer carreira na instituição.

“Todos eram bons funcionários, sempre batiam as metas impostas pelo banco, e mesmo assim foram demitidos. Vemos que não há valorização dos trabalhadores na atual gestão do HSBC”, afirma o diretor do Sindicato Raimundo Dantas.

O Sindicato alerta aos funcionários do HSBC que não pratiquem nenhuma atividade fora do normativo do banco, mesmo que sejam pressionados a isso. Qualquer problema nesse sentido deve ser denunciado ao Sindicato.

 

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília