O Sindicato se reuniu na semana passada com o BRB para discutir uma nova grade horária para a realização dos cursos de capacitação profissional promovidos pelo banco. Os bancários têm reclamado ao Sindicato que o horário definido arbitrariamente pelo BRB extrapola a jornada de trabalho, prejudicando suas atividades pessoais.
O banco alegou que, por se tratar de curso de capacitação, opcional e voluntária aos funcionários, não é devido o cômputo de horas extras. Porém, no caso específico dos cursos da Andima, o que se verifica é uma necessidade da empresa de se ajustar a uma norma regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que obriga as instituições de crédito a realizarem cursos de capacitação para funcionários que operam aplicações financeiras em agências. Sendo assim, não se trata de capacitação, nos moldes que o BRB quer interpretar, e sim de promoção de cursos de interesse da administração, contesta o diretor do Sindicato João Batista Machado.
Além do mais, são realizados fora do expediente normal, o que obriga o banco a efetuar o pagamento de horas extras. Não somos contra os cursos, mas nos opomos ao horário em que são realizados, complementa o diretor do Sindicato.
Banco revê política
Devido às reclamações tanto do Sindicato quanto dos funcionários, o banco reviu o formato dos cursos e disse que vai promovê-los de modo semi-presencial permitindo a utilização da intranet. Assim, ficou acordado que a Surad e a Gedep encaminhariam orientações às agências de modo a possibilitar que cada ponto se adeque, permitindo que em parte da jornada possam os funcionários envolvidos nos cursos patrocionados pelo banco dedicarem-se aos estudos.
Por prever a nova proposta a realização de encontros presenciais, o banco se compromete a fazê-los sempre que possível dentro do expediente bancário. Caso contrário, avisa o Sindicato, terá que pagar horas extras.