O Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia (Sindibancários) realizou no último sábado, 2 de agosto, no hotel Oceania, em Eunápolis, o Encontro Regional dos Bancários do Extremo Sul.
O evento que acontece há mais de 25 anos discutiu a Campanha Nacional dos Bancários 2014 em seus principais eixos: emprego, saúde, segurança, remuneração e condição de trabalho.
O diretor coordenador-geral do Sindicato dos Bancários, Carlos Eduardo, explica que o encontro cumpre o objetivo de passar as informações da Conferência Nacional para os bancários da região, além de mobilizar a categoria em torno dos principais eixos e estratégias da campanha. “No evento, é transferido o acúmulo do debate feito a nível nacional, e serve também para ratificar a minuta mínima de reivindicações, sendo, ainda, um momento em que discutimos o plano de ação e de luta para mobilizar os bancários do Extremo Sul no contexto da Campanha Nacional dos Bancários”, ressaltou.
Ainda segundo Carlos Eduardo, este ano, as questões de saúde terão um peso maior na mesa de negociação. O dr. Jorge Higino, assessor jurídico do Sindibancários, acrescenta que o sindicato, tanto no nível regional, como nacional, tem como uma das principais bandeiras trabalhar e desenvolver fortemente um projeto contínuo de prevenção de doenças ocupacionais e acidente do trabalho em prol da categoria. “Há uma preocupação do agravamento dos últimos anos em que a categoria vem sofrendo em decorrência das doenças geradas pelo processo de trabalho do serviço bancário”, comentou dr. Jorge.
O psicólogo do trabalho Vitor Barros Rêgo abordou o que é considerado na Campanha Nacional um dos principais eixos de reivindicação com a palestra “Saúde mental no trabalho bancário”. Ele explica que essa saúde mental tem sido uma conquista diária dos bancários na linha de trabalho. Ainda de acordo Vitor Barros, os bancários assumem uma série de riscos no dia a dia, seja de assalto, não produtividade, ou, social. “É necessário que os próprios bancários tenham uma boa responsabilidade consigo mesmo, se deixar levar no discurso empresarial, realmente, o risco de adoecer é muito grande. Não adianta batalhar apenas por salário bom, uma PRL melhor, ou, algo neste sentido, se no dia a dia o bancário não tem um contexto de trabalho que dê uma boa condição de saúde.”
Outra palestra de bastante debate durante o encontro foi ministrada pelo presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e membro do Comando Nacional, Eduardo Araújo de Souza.
Eduardo falou sobre Conjuntura econômica e política e ressaltou que ao contrário do que é proposto à categoria, os bancos continuam tendo lucro suficiente para pagar melhores salários, investir em mais segurança, saúde e emprego digno.
Na questão política, com relação à Campanha Nacional, Eduardo afirma que no ponto de vista do Comando Nacional, os encaminhamentos serão feitos nos prazos normais de negociação.
É possível que chegue a cinco semanas de negociação, “após esse prazo, os bancos terão que apresentar uma proposta para que a gente possa avaliar nas assembleias, ou seja, não haverá nenhuma antecipação da campanha em função do período eleitoral”, esclareceu.
No período da tarde, os bancários em plenária aprovaram o plano de luta contendo um conjunto de ações para mobilização e divulgação da Campanha Nacional, informando a sociedade a respeito dos altos lucros dos bancos e a realidade da categoria bancária.
Os bancários aprovaram também o apoio ao plebiscito nacional da Reforma Política e da Constituinte Exclusiva. A direção do Sindicato orientou também, que os bancários apoiem e divulguem o voto nas eleições gerais de candidatos que tem um compromisso e luta pelos direitos dos trabalhadores.
A noite foi realizada na AABB, uma festa em comemoração ao Dia Nacional dos Bancários com a participação de familiares, convidados dos movimentos sociais e autoridades regionais.
Confira uma das principais reivindicações da Campanha Nacional 2014
Reajuste salarial de 12,5%.
PLR: três salários mais R$ 6.247.
Piso: R$ 2.979,25 (salário-mínimo do Dieese em valores de junho).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário-mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recursos Extraordinário com Repercussão Geral no STF.
Plano de Cargo, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83, que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres de agências por bancários.
Igualdade de oportunidade para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiências (PCDs).
No período da tarde, os bancários em plenária aprovaram o plano de luta para mobilização e divulgação da Campanha Nacional, informando a sociedade a respeito dos altos lucros dos bancos e a realidade da categoria bancária.
Os bancários aprovaram também, o apoio ao plebiscito nacional da Reforma Política e da Constituinte Exclusiva.
Ainda durante o encontro, a direção do Sindicato orientou que os bancários apoiem e divulguem o voto nas eleições gerais de candidatos que lutam pelos direitos dos trabalhadores.
A categoria discutiu um plano de luta que contém um conjunto de ações para a mobilização da dos bancários e diálogo com a sociedade. Foi ratificada a decisão da Conferência Nacional dos bancários de defender candidatos que tem compromisso com a luta dos trabalhadores.
Fonte: Sindibancarios
