Show-protesto denuncia ameaças aos trabalhadores e à Caixa 100% pública

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Em defesa da Caixa e dos direitos dos bancários e bancárias, o Sindicato promoveu um show-protesto em contraponto ao evento milionário da Caixa, cujo patrocinador é o povo brasileiro. A atividade, realizada nesta quarta-feira (16) à noite, em frente ao Estádio Nacional Mané Garrincha, reiterou as denúncias do ato da manhã sobre o desrespeito aos direitos dos trabalhadores e as investidas privatistas de Michel Temer, convidado especial do polêmico evento.

Com música de artistas locais, o show-protesto fechou as atividades do Dia Nacional de Luta em Brasília, denunciando a contraditória conduta da Caixa de patrocinar um megaevento com dinheiro público para receber o presidente ilegítimo. Milionário, o evento da Caixa reuniu cerca de 6 mil gestores para cobrar mais produtividade, escancarando as portas para o assédio moral e o adoecimento dos trabalhadores.

“Estamos resistindo a um momento de ataque às empresas públicas. Aos empregados da Caixa, fica o alerta: precisamos defender esta empresa, já que não adianta trabalhar para bater meta. O governo ilegítimo, claramente alinhado com o mercado financeiro, impede a contratação de novos empregados, fecha agências e tenta reduzir a importância da empresa para o país”, declarou a deputada federal e empregada da Caixa, Erika Kokay.

Empregado aposentado da Caixa, José Herculano (o Bala) lembra que a participação dos trabalhadores na Campanha Nacional deste ano é fundamental para a luta em defesa dos empregos e dos direitos conquistados. “Nossa preocupação é que os colegas convocados para este megaevento não tenham mais função depois de expirar a validade do nosso acordo coletivo. E este receio não é à toa. No dia em que reúne os 6 mil gerentes aqui em Brasília, a empresa anuncia o fechamento de 100 agências pelo país”, reforçou Bala.

O ato contou com a presença de diretores do Sindicato e de delegados da Conferência Regional da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), além da participação da diretoria da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae).

“A direção da empresa promove este megaevento enquanto o desmonte está sendo feito. É um verdadeiro morde e assopra. Já que a Caixa não está valorizando seus empregados, precisamos reforçar a união para manter a empresa 100% do povo brasileiro”, destaca a secretária de Bancos Públicos da Fetec-CUT/CN, Elis Regina.

Para o presidente da Fenae, “a Caixa pode fazer o encontro de gestão, já que também é papel dela, mas a direção da empresa e, principalmente, o governo, precisam respeitar os trabalhadores e a Caixa enquanto pública”.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília

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