O segundo painel de debates do Seminário dos Bancários e Bancárias do BRB realizado na manhã deste sábado (26), na sede do Sindicato, ponderou sobre os atuais modelos de Participação nos Lucros e Resultados (PRL).
Nádia Vieira, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), enriqueceu o evento com uma análise sobre o histórico da evolução da PLR e das regras da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, de 1995 até 2013.
A apresentação de Nádia delineou um panorama abrangente das PLRs na categoria bancária, contemplando diversas instituições financeiras como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, entre outros. No que tange ao BRB, a economista destacou sua configuração diferenciada, consideravelmente mais desafiadora que outros programas, uma vez que o montante a ser distribuído vincula-se à porcentagem de lucratividade.
Nádia explicou o modelo da PLR no BRB, detalhando seus dois critérios distintos: o índice de lucratividade (ROE), correspondendo a 60% do prêmio, e o índice de cumprimento das metas do programa, representando 40% do prêmio total. Ela enfatizou ainda que, no contexto do BRB, a premiação individual de cada participante da PLR está intrinsecamente ligada ao índice de lucratividade do banco, e o valor correspondente ao percentual de premiação será então equitativamente distribuído entre todos os colaboradores, levando em consideração os critérios de participação e as diretrizes de premiação parcial ou proporcional delineadas no regulamento.
No decorrer do painel, os participantes puderam compartilhar sugestões e esclarecer dúvidas. Um dos pontos salientados girou em torno da viabilidade de implementação da PLR Social.
O painel representou uma oportunidade para estruturar um modelo de distribuição de PLR que atenda aos interesses coletivos dos trabalhadores e assegure progressos em relação ao sistema vigente. As propostas discutidas foram submetidas à apreciação em assembleia ao término do Seminário e, posteriormente, serão apresentadas ao banco nas mesas de negociação.
Leidiane Souza
Colaboração para o Seeb Brasília
