Seminário destaca importância da mobilização nos bancos privados

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Com o objetivo de fortalecer a Campanha Nacional 2008 e intensificar a mobilização da categoria, somando forças para o embate com os patrões, o Sindicato realizou no último sábado o Seminário de Bancos Privados.

O evento contou com representantes de todos os bancos privados que atuam no Distrito Federal, que discutiram temas como a estrutura e organização da Campanha e a importância da participação de cada um na cons-trução de uma luta vitoriosa. A deputada distrital e bancária Erika Kokay (PT) também esteve presente ao Seminário, e falou sobre o trabalho bancário, as conquistas históricas da categoria e o seu papel estratégico na história recente da democracia brasileira.

O Seminário foi aberto pela diretora do Sindicato e funcionária do Banco Real, Rosane Alaby, que fez um breve histórico, com apresentações de imagens, das atividades do Sindicato ao longo do primeiro semestre deste ano, incluindo manifestações e o 4º Congresso dos Bancários de Brasília, entre outros eventos.

Na seqüência, André Nepomuceno, secretário-geral da entidade, trouxe as preocupações e o que o movimento sindical tem feito no tocante aos desdobramentos da incorporação do Real pelo Santander, além de esclarecer o papel da Contraf/CUT na representação dos trabalhadores do ramo financeiro e frisar o papel crucial que os bancários desempenham para o êxito da Campanha.

Já o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, explicou a dinâmica de funcionamento dos sindicatos, bem como sua estrutura e organização e destacou a estratégia da campanha e a evolução do processo negocial com a Fenaban, com ênfase na importância de os bancários obterem novas conquistas. "Mobilização e unidade são palavras-chaves numa campanha com proporções como a dos bancários. Sem isso, a luta pela conquista e ampliação de direitos se esvazia e torna tudo mais difícil", disse.

Saúde e conjuntura econômica

Conjuntura econômica e saúde, dois temas caros à cate-goria, também estiveram no foco das discussões do Seminário. A professora da Universidade Católica de Brasília Leda Freitas esboçou o resultado de pesquisa sobre adoecimento mental, resultado de uma parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e o INSS, que apontou que os bancários são a categoria mais atingida por este tipo de patologia.

De acordo com o levantamento, os bancários correm um risco duas vezes e meia maior de se afastarem do trabalho por mais de 15 dias consecutivos por problemas mentais. Estresse, carga excessiva de responsabilidade e pressão da chefia estão entre as causas apontadas pelo estudo.

Sobre conjuntura econômica, a economista da subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no Sindicato, Ana Quitéria, apresentou o desempenho dos sete maiores conglo-merados bancários no primeiro semestre de 2008, sendo que o Bradesco registrou o maior lucro (R$ 4,105 bi), seguido pelo Itaú Holding, com R$ 4,084 bi.

Quitéria descreveu ainda a evolução de alguns indicadores, entre eles a crescimento da carteira de crédito, o comportamento das principais receitas e despesas, do emprego e da Participação nos Lucros e Resultados, em comparação com mesmo período do ano passado.