Sem propostas, Santander frustra trabalhadores em mesa de negociação

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Representantes dos trabalhadores do Santander, entre eles a diretora do Sindicato Rosane Alaby, voltaram a se reunir com o banco, nesta quarta-feira (20), em São Paulo, para discutir a renovação do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A reunião, que já é a sexta rodada de negociações, terminou em impasse. Os trabalhadores não tiveram nenhuma resposta concreta para as principais reivindicações, entre elas, majoração do valor da bolsa auxílio-estudo e revisão dos critérios de concessão, além do incremento no valor do pagamento do PPRS (Programa Próprio de Remuneração Santander).

“Mais uma vez o Santander frustra as expectativas que temos de avançar na nossa pauta de reivindicações. A minuta foi entregue há mais de dois meses e até agora o banco não apresenta nenhuma proposta”, ressalta Alaby.

Para a diretora, que é funcionária do Santander, a pauta de reivindicações atende aos anseios dos bancários e não tem nada de absurdo. “Mesmo com expressivos resultados financeiros, o banco não se preocupa em valorizar seus trabalhadores e segue desrespeitando a mesa de negociação”, conclui.

Campanha na mídia não condiz com a realidade

O banco tem vinculado na mídia a campanha “O que o Santander pode fazer por você hoje?”. Mas, na realidade não existe a preocupação “o que o Santander pode fazer para os seus funcionários?”. Ou seja, o mote não condiz com a verdade nem para os clientes e menos ainda para os seus trabalhadores.

Tempo de casa

De forma arbitrária e unilateral, o Santander resolveu extinguir o prêmio por tempo de banco, que implica no pagamento de dois salários aos trabalhadores que completam 25 anos de empresa.

O benefício, uma tradição no antigo Banco Real, foi estendido aos bancários do Santander quando os dois bancos unificaram suas operações. A regra para o prêmio, inclusive, já constou no Acordo Aditivo 2009/2011, com objetivo de garantir o pagamento aos empregados que, por determinado período, deixaram de recebê-lo.

Para Alaby, esta decisão do banco, além de não prezar pela transparência e diálogo com os trabalhadores, vai de encontro às políticas de valorização dos funcionários que o banco tanto apregoa.

Próxima reunião

Os dirigentes sindicais afirmaram que, devido ao impasse desta negociação, a próxima reunião só será agendada depois que o banco sinalizar com uma proposta concreta a ser apresentada aos trabalhadores.

Da Redação, com informações do Contraf-CUT