Segurança e remuneração são temas da terceira rodada de negociação com a Fenaban nesta terça e quarta

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Segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração são os temas da terceira rodada de negociação, nesta terça e quarta-feira (21 e 22), entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo.

“À medida que ocorrem as negociações, os bancários devem intensificar a mobilização para mostrar força diante dos patrões. Unidos, teremos mais chances de ampliar nossas conquistas”, afirmou o presidente do Sindicato e da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), Rodrigo Britto.

“Chegou o momento de a categoria mostrar que quer avançar nas negociações. E a única forma de pressionar os banqueiros e participar de todas as atividades do Sindicato”, frisou o diretor do Sindicato Eduardo Araújo.

As demandas sobre segurança, igualdade e remuneração deveriam ter sido discutidos na quarta e quinta-feira da semana passada, dias 15 e 16, mas foram adiadas por causa do falecimento do ex-dirigente sindical Manoel Castaño Blanco, marido da assessora jurídica da Contraf-CUT, dra. Deborah Regina Rocco Castaño Blanco, que participa da mesa de negociação.

 

Antes da interrupção, o Comando Nacional e a Fenaban haviam discutido na manhã do dia 15 propostas dos bancários sobre saúde e condições de trabalho. Na reunião, os bancos assumiram o compromisso de manter os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica até que seja regularizada a situação junto ao INSS.

 

Esse avanço contrastou com os resultados das duas rodadas anteriores, nas quais a Fenaban recusou as reivindicações apresentadas pelos bancários, como mais contratações, fim da rotatividade, aplicação da convenção 158 da OIT que proíbe demissões imotivadas e fim das metas abusivas, entre outras.

 

O que será negociado na terceira rodada

 

As negociações começam na terça-feira pelo tema segurança bancária, em que se destacam reivindicações como a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, emissão obrigatória de BO com cópia aos sindicatos e à Contraf-CUT, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.

 

Os bancários também buscam avanços na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento, por meio da democratização do acesso, garantindo que mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência tenham igualdade de condições de contratação, ascensão profissional e remuneração. Outra medida é a eliminação de quaisquer práticas discriminatórias nas relações.

 

As negociações sobre remuneração envolverão:

 

> Remuneração fixa direta, como o reajuste salarial de 10,25%, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários, adiantamento do 13º, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações.

> Remuneração indireta, como auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte.

> Remuneração variável, como a PLR. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.

Da Redação com Contraf-CUT