Após a entrega da pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2014 à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na segunda-feira (11), em São Paulo, os bancários participam da primeira rodada de negociação na terça e quarta (19 e 20) sobre o tema saúde e condições de trabalho.
A pauta de reivindicações entregue à Fenaban inclui mais saúde, melhores condições de trabalho, preservação do emprego, fim da rotatividade, prevenção contra assaltos e sequestros, reajuste de 12,5% e piso de R$ 2.979.
Depois da entrega da minuta geral da categoria, na sede da Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), também entregou às direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal as pautas específicas de reivindicações dos trabalhadores das duas instituições públicas.
Já a pauta específica dos bancários do BRB foi entregue na quarta-feira (13).
Negociações específicas
Haverá reunião da mesa específica com a Caixa Econômica Federal nesta quinta (21). Já a reunião específica com o Banco do Brasil será na sexta (22).
“Tivemos muitas conquistas nos últimos dez anos, mas queremos mais avanços no aumento real, no piso salarial, na saúde e condições de trabalho, no emprego e na segurança. Os lucros e a rentabilidade recordes dos bancos permitem que eles atendam as expectativas da categoria”, disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, ao entregar a pauta de reivindicações ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal.
“Convido todos os 28 mil bancários e bancárias do Distrito Federal a participarem da Campanha Nacional deste ano. Com o engajamento de cada um e cada uma de vocês, podemos ampliar nossas conquistas, melhorando assim a qualidade de vida das nossas famílias”, afirmou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, que participou da entrega das pautas em São Paulo. Araújo representa os bancários de Brasília nas negociações com a Fenaban.
Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que na economia como um todo a diferença salarial entre os trabalhadores contratados e os desligados é de 7%, enquanto nos bancos chega a 46%. Somados o fechamento de vagas e a rotatividade, são 45 mil pais e mães de família que perdem o emprego no sistema financeiro a cada ano.
Confira, abaixo, as principais reivindicações da Campanha Nacional:
Principais reivindicações
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
Melhores condições de trabalho: com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara dos Deputados, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
Reajuste salarial: 12,5%;
PLR: três salários mais R$ 6.247;
Piso: R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese em valores de junho);
Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83, que exige plano de segurança em agências e PABs; de cofres e agências por bancários; Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs);
Da Redação