Saúde Caixa: Banco apresenta proposta que penaliza os associados

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A Caixa Econômica Federal apresentou nesta quinta-feira, dia 5, uma proposta para a Contraf-CUT sobre a cobrança das participações atrasadas do Saúde Caixa e não agradou. Na avaliação dos representantes dos bancários, os empregados serão penalizados pelo problema no sistema, que é de responsabilidade da própria empresa.

A Caixa Econômica Federal apresentou nesta quinta-feira, dia 5, uma proposta para a Contraf-CUT sobre a cobrança das participações atrasadas do Saúde Caixa e não agradou. Na avaliação dos representantes dos bancários, os empregados serão penalizados pelo problema no sistema, que é de responsabilidade da própria empresa.

Segundo a proposta da Caixa, haveria a cobrança de TR (Taxa Referencial) sobre as participações ocorridas entre março de 2005 e abril deste ano, período em que o sistema não funcionou e os valores não foram cobrados. O banco também propôs o parcelamento em até 24 vezes, sendo a parcela mínima estabelecida em R$ 50.

“A proposta da Caixa está muito fora dos parâmetros estabelecidos por nós. Precisamos analisá-la com mais profundidade, mas já informamos aos representantes do banco que não vamos admitir nenhum tipo de correção dos valores, já que o atraso no pagamento foi de responsabilidade da empresa e o ônus não pode ficar com o bancário. Outro ponto que não foi respeitado é o pagamento dentro da margem consignável de no máximo 10% dos vencimentos, conforme previsto nas regras do Saúde Caixa. A proposta está ruim e vamos brigar para melhorá-la”, afirma Plínio Pavão, diretor da Contraf e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.

Outro ponto polêmico é que o banco quer fazer o débito na conta corrente dos empregados e não no contra-cheque como reivindicam os representantes dos trabalhadores. “Nós até admitimos como opção o débito em conta-corrente desde que o bancário prefira. Mas, em princípio, defendemos o débito em folha de pagamento”, conta Plínio.

A Caixa quer iniciar a cobrança a partir de 20 de setembro, com a opção do empregado em pagar tudo de uma vez ou parcelar em até 24 vezes. “Vamos debater a proposta do banco e nossas reivindicações com os bancários e formular uma contra-proposta até o início de agosto. Nova reunião de negociação ficou agendada para o dia 8 de agosto, quando esperamos fechar um acordo”, diz Plínio.

A Contraf-CUT também cobrou da Caixa a abertura de negociações sobre as dívidas impagáveis do antigo PAMS, já que a empresa restabeleceu o processamento de dados. Também foram pautados os problemas enfrentado pelos bancários como a rede credenciada do Saúde Caixa. “O Conselho de Usuários tem recebido reclamações de várias localidades do país sobre a rede credenciada. Reafirmamos para o banco nossa proposta de formar, no âmbito das gerencias de filial de pessoas, comitês de acompanhamento de credenciamento e descredenciamento, formado por representantes indicadao pelas entidades sindicais e associativas”, destaca Plínio.

Essas questões serão debatidas pelo Grupo de Trabalho sobre Saúde, da Caixa, que reúne-se nos próximos dias 10 e 11, em Brasília.

Outros pontos

A Contraf-CUT cobrou respeito na política da Caixa que restringe o uso da internet para os empregados. Ela é discriminatória, porque bancários de um determinado nível para cima têm acesso sem restrições. A Caixa argumentou que está verificando os problemas apontados pelos trabalhadores no dia-a-dia e que há previsão de instalação de alguns equipamento com internet livre nas agências, para serem utilizados nos momentos de intervalo.

Sobre os caixas RETPV, o banco informou os resultados de um estudo que aumenta o número de iniciais de 380 para 601 cargos, sendo 504 já providos. A Contraf manifestou estranhamento ao estudo e defendeu que cada RETPV tem de ter pelo menos um caixa.

Outras pendências cobradas foram sobre o auxilio alimentação para aposentados, a correção das concessões de vale transporte hoje irregular por causa de uma interpretação equivocada da lei e a reabertura do saldamento do REG Replan. A Caixa informou que ainda não tem posição para todos esses itens. “Estamos preparando o Congresso dos Empregados e esses temas estarão pautados. Vamos cobrar avanços e lutar muito durante na campanha salarial”, finalizou Plínio.

Contraf-CUT