Apesar da expectativa de que o primeiro trimestre de 2020 traria forte queda do lucro e aumento das provisões para devedores duvidosos, já refletindo o impacto do coronavírus, o Santander Brasil divulgou lucro acima do esperado.
Foram R$ 3,77 bilhões no primeiro trimestre de 2020, montante 10,5% superior ao mesmo período de 2019. No entanto, segundo matéria divulgada no jornal Folha de S. Paulo, o banco teria iniciado demissões que poderão alcançar 20% do quadro de pessoal – algo superior a 9 mil trabalhadores.
Diante desse quadro, os bancários reagiram. Reivindicando o cumprimento do acordo de não demissão no período da pandemia assumido pelo Santander com o movimento sindical e fartamente divulgado na imprensa, o diretor da Federação dos Bancários da Região Centro Norte (Fetec-CUT/CN), José Anilton, afirma que o Sindicato realizou “atividade esta sexta-feira (19) que integra programação do ato nacional unificado realizado contra as demissões no banco”.
O dirigente sindical explicou que “o ato realizou-se por meio de projeções no prédio do Banco Central, na região central de Brasília, e na agência do banco da 306 Sul, com mensagens que anunciavam: “Santander, cumpra o acordo: Basta de demissões e metas abusivas!” e “Santander recebe bolsa banqueiro, mas demite 9 mil bancários. Absurdo!”
Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, a atividade serve para denunciar à sociedade o desrespeito do Santander com os trabalhadores e com o povo brasileiro. Ele explica: “O governo Bolsonaro, via Banco Central do Brasil, disponibilizou no bolsa banqueiro nada mais nada menos do que a acintosa cifra de 1 trilhão e 200 bilhões de reais. E o Santander, beneficiário dessa absurda bondade, afogando-se em liquidez, estrangula, quando na verdade deveria liberar o crédito – em especial às pequenas e médias empresas”.
“Como se não bastasse, ainda ameaça demitir mais de 9 mil dos seus empregados, algo em torno de 9.500 pessoas”, acrescenta o presidente do Sindicato. “Um completo absurdo”.
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Da Redação
