Santander reduz projeto de “orientação financeira” em 9 cidades; Sindicato segue na luta

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O banco Santander enviou, nesta quinta-feira (6), um comunicado para nove agências informando sobre a descontinuidade do projeto de “orientação financeira”, realizado aos sábados com funcionários “voluntários”.


As agências onde o projeto foi descontinuado foram: Duque de Caxias – Centro (RJ), Curitiba – Emiliano (PR), Guarulhos (SP), São Paulo– Largo 13 de Maio (SP), Niterói – Praça do Rink (RJ), Porto Alegre – Osvaldo Aranha (RS), Salvador – Cabula (BA), Rio de Janeiro – Santa Cruz (RJ), São José do Campos – Centro (SP).


A suposta ‘orientação financeira’ tinha sido programada para acontecer em 29 agências. O comunicado menciona nove agências onde ela será descontinuada. 


Como em Brasília o projeto continua, segue firme a luta do Sindicato para barrar esse projeto, reforçando que bancário não trabalha aos finais de semana. “Conseguimos fazer o banco recuar do seu projeto em boa parte do país e vamos continuar protestando nas agências até que ele acabe de vez com essa medida, que é um completo desrespeito ao direito de descanso dos bancários”, afirma a diretora do Sindicato Rosane Alaby. 


Sindicatos dos bancários dessas regiões vem realizando protestos na frente das agências que o banco tentou abrir nos cinco últimos sábados. Nas atividades, dirigentes esclarecem funcionários “voluntários” sobre os riscos aos quais ficam expostos ao trabalhar “voluntariamente” para seu próprio empregador aos sábados e informam a população sobre as tarifas e juros cobrados pelo banco.


Os protestos também ganharam as redes sociais. Utilizando a hashtag #SantanderSábadoNão, bancários postaram fotos mostrando sua indignação com a iniciativa do banco e explicando porquê o banco não pode abrir aos sábados. Além denunciar que o “voluntariado” é forçado e que existem segundas intenções na “orientação” que o banco quer dar.


Orientação de verdade
Para o movimento sindical, a verdadeira orientação financeira precisa informar para as pessoas que, para conseguir controlar melhor suas contas e não se endividar, elas devem evitar entrar no vermelho para não ter que pagar os altos juros cobrados pelos bancos, como no caso do Santander.

 
Reportagem publicada pelo Jornal do Brasil mostra que o banco cobra até 1.761% a mais dos brasileiros do que dos espanhóis pelos mesmos serviços realizados. O jornal mostrou também que, em empréstimos, o banco chega a cobrar até 20 vezes mais dos brasileiros do que dos espanhóis.


Da Redação com Contraf-CUT