Santander lucra R$ 7,2 bilhões em 9 meses e continua com demissões

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Crédito: Seeb SP

O Santander lucrou R$ 7,2 bilhões apenas nos nove primeiros meses de 2017, resultado que representa crescimento de 34,6% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. O lucro obtido no Brasil representou 26% do obtido em termos globais, que alcançou € 5,592 bilhões (com crescimento de 15,2% em 12 meses).

Mesmo apresentando resultado expressivo, o Santander prossegue com a política de redução do seu quadro de funcionários no país. A holding encerrou o 3º trimestre de 2017 com 46.632 empregados, com fechamento de 1.392 postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado. O número de agências se manteve no período.

“Infelizmente, o Santander continua com a política de demissões de trabalhadores, mesmo com lucros altíssimos. Este resultado é fruto do empenho e dedicação dos funcionários, que estão adoecendo pelo excesso de trabalho, metas abusivas e descaso do banco, que não investe na melhoria das condições de trabalho”, avalia o diretor da Fetec-CUT/CN Jorge Kotani, lembrando que esses trabalhadores precisam ser mais respeitados e valorizados.

Além disso, segundo Kotani, a falta de funcionários resulta em mau atendimento aos clientes, que precisam ficar horas na fila. “Não é à toa que o banco espanhol continua sendo líder de reclamações de sua clientela”, observa o dirigente sindical.

Prestação de serviços

As receitas provenientes de prestação de serviços e tarifas cobradas dos 38,8 milhões de clientes obteve crescimento de 15,4%, somando em nove meses R$ 11,372 bilhões. Somente com essa receita, o banco paga a despesa de pessoal em 169,1%, um acréscimo de 14,6 pontos percentuais em 12 meses.

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0.6 p.p. em 12 meses, ficando em 2.9%. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) apresentaram queda de 3,8%, totalizando R 8,974 bilhões.

Carteira de crédito

De acordo com o Dieese, a Carteira de Crédito Ampliada do Santander teve crescimento de 8,2% em 12 meses e atingiu R$ 336,409 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 15,6% em relação a setembro de 2016 e 5,0% no trimestre, chegando a R$ 102,3 bilhões, impulsionado por cartão de crédito (16,2%), crédito consignado (35,6%) e crédito rural (38,9%).

A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 39,178 bilhões ao final de setembro de 2017, crescimento de 15,7% em 12 meses. Do total desta carteira, R$ 32,606 bilhões referem- se a financiamentos de veículos para pessoa física, apresentando aumento de 18,0% em 12 meses.

O Santander segue líder no mercado de veículos. Já o crédito a pessoa jurídica houve queda de 2,8% em 12 meses, alcançando R$ 121,5 bilhões. No segmento de pequenas e médias empresas houve crescimento de 2,2% e no segmento de grandes empresas, a queda foi de 4,5% em relação a setembro de 2016. O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,6 p.p. em 12 meses, ficando em 2,9%.

Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) apresentaram queda de 3,8%, totalizando R$ 8,974 bilhões. A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 15,4% em doze meses, totalizando R$ 11,4 bilhões. As despesas de pessoal subiram 5,5%, atingindo R$ 6,73 bilhões, permitindo que a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias atingisse 169,1%.

Da Redação