Santander demonstra descaso na segunda rodada de negociações sobre aditivo

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Descaso total. Esta foi a conduta do Santander durante a segunda rodada de negociação com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) sobre a renovação do acordo aditivo da instituição à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nesta quarta-feira (1º), em São Paulo. Os representantes do banco se limitaram a dizer que não havia nenhuma proposta a apresentar no momento.  

A diretora do Sindicato e representante de Brasília na COE, Rosane Alaby, que participou da reunião, critica a indiferença do Santander, que ela classifica como uma clara demonstração de falta de respeito do banco com os seus funcionários, uma vez que a minuta de reivindicações específica foi entregue dia 12 passado, tempo suficiente para avaliação.

“Esperamos que este impasse seja superado e na próxima negociação, prevista para quarta-feira (8), o Santander apresente suas propostas para o novo acordo aditivo”, enfatiza Rosane.   

Reivindicações

Na primeira mesa de negociação, realizada no dia 19 de maio, em São Paulo, os integrantes da COE, formada por dirigentes sindicais de todo o país, enfatizaram para os representantes do banco que a melhoria das condições de trabalho, com revisão da forma como são instituídas as metas, e a garantia de emprego estão entre as prioridades dos trabalhadores.

Para o movimento sindical, ao fazer os cortes de postos de trabalho, o Santander prioriza os funcionários com histórico de adoecimento e com mais tempo de serviço, ou seja, com salários mais altos.

Outras reivindicações dos trabalhadores são adiantamento de férias para pagamento em 10 vezes sem juros, melhoria em saúde, renovação dos auxílios academia e educação, abono assiduidade e isenção de tarifas. 

Previdência complementar

Os representantes dos trabalhadores reivindicam ainda que o Banesprev seja responsável pela administração de todos os planos de previdência de seus funcionários no país.

Licença remunerada à mulher vítima de violência

Outra reivindicação é de que deverá ser assegurado o salário da mulher vítima de violência afastada de suas funções – uma determinação judicial.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília