Resultado de pesquisa sobre adoecimento bancário é apresentado na FBB

0

O resultado da pesquisa Riscos Psicossociais do Trabalho Bancário, uma iniciativa do Sindicato, foi apresentado na quarta-feira (20), na Fundação Banco do Brasil (FBB), localizada na Asa Norte. Inédito, o estudo faz parte de um levantamento do Programa de Prevenção e Política de Saúde do Trabalhador, em parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde do Trabalhador (Gepsat), sob a coordenação do Laboratório de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB).

 
Realizada de novembro de 2013 até abril de 2014, a pesquisa foi coordenada pela professora do Instituto de Psicologia da UnB Ana Magnólia Mendes. Durante a apresentação, ela citou diversos fatores que causam o adoecimento dos bancários, como por exemplo, a organização do trabalho inflexível e o pouco espaço para a participação dos funcionários na tomada de decisão ou negociação de prazos e normas.
 
“A presença do sentimento de indignidade no trabalho e a sensação de injustiça é o que ficou mais evidente na pesquisa’’, destacou a professora da UnB. Ela falou sobre a importância da participação dos bancários nos debates: “isso é sinal de que podemos usar o estudo para fazer grandes mudanças para a categoria”, frisou Ana Magnólia.
 
“Agora, após a divulgação dos resultados da pesquisa, precisamos do envolvimento de toda a categoria para fazer com que o tema saúde e condições de trabalho passe a ser um dos itens prioritários da Campanha Nacional 2014”, afirmou o secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Wadson Boaventura.
 
O Sindicato, que está divulgando os resultados da pesquisa nos locais de trabalho, em breve vai disponibilizá-la em seu site.
 
Confira, abaixo, depoimento de um bancário que participou da pesquisa do Sindicato.
“100% não é mais o limite”: dados da pesquisa realizada pelo Sindicato indicam a presença de sentimentos de desvalorização e menos-valia entre os trabalhadores bancários, sendo ainda comum a noção de que o trabalhador sempre deve algo ao banco e que sua contribuição nunca será suficiente para o sistema.
 
Da Redação