Representantes dos bancários negociam teletrabalho com Banco do Brasil

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A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu nesta terça-feira (27) com a direção do banco para discutir uma proposta de acordo sobre teletrabalho e apresentou as premissas que devem ser priorizadas para a ratificação do acordo. A negociação foi acompanhada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores dos Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“Não estamos debatendo hoje. Começamos o debate faz algum tempo, na campanha nacional. No início, os bancos avaliavam que o teletrabalho era um privilégio. Mas os bancos economizaram muito com o teletrabalho e bancários tiveram mais custos para trabalharem em casa. Para nós, é importante o controle da jornada, a ajuda de custo para cobrir as novas despesas, fornecimento de equipamentos e móveis adequados”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

A negociação continua nos próximos dias. “Há a necessidade ainda de discussão com o Banco do Brasil para construir esse acordo. Apresentamos as premissas para o debate que foram definidas na Conferência Nacional dos Bancários com o subsídio da pesquisa respondida por 11 mil trabalhadores da categoria que passaram para o home office, e analisada pelos técnicos da Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que assessora o Comando Nacional, que apontou ainda que há necessidade de melhorias das condições de trabalho para o home office”, afirma Marianna Coelho, secretária de Assuntos Jurídicos e representante da Fetec Centro Norte na CEBB.

Negociações

Desde março de 2020, boa parte da categoria bancária está em home office. Foram cerca de 2/3 da categoria, aproximadamente 300 mil trabalhadores, deslocados dos locais de trabalho para suas casas. A primeira negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) foi sobre teletrabalho. A negociação avançou após a campanha nacional da categoria, discutindo o tema banco a banco. O primeiro foi o Bradesco, que fechou um acordo logo após a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho. Agora as negociações acontecem com o Banco do Brasil e o Itaú.