Reivindicações são entregues. Negociação com a Fenaban nesta quarta 27

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O Comando Nacional dos Bancários entregou na última quarta-feira 13 à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a pauta geral de reivindicações da Campanha Nacional 2008. As pautas específicas dos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal também foram entregues aos representantes dos dois bancos no mesmo dia. A reunião foi realizada na sede da Fenaban, em São Paulo.

A primeira rodada de negociações está marcada para o dia 27 de agosto, quarta-feira, ainda sem horário definido.

As reivindicações foram aprovadas pelos 830 delegados que participaram da 10ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada no final do mês passado, também na capital paulista. 

O presidente da Contraf/CUT, Vagner Freitas, ressaltou a representatividade do Comando Nacional, a unidade da categoria na mesa única e a importância do processo de negociação direta. “Esperamos uma campanha dura, mas que os bancos atendam as reivindicações dos bancários na mesa de negociações”, insistiu o coordenador do Comando Nacional. 
 
“Os trabalhadores agora devem manter a unidade e intensificar a mobilização para pressionar os bancos e fecharmos um acordo coletivo justo”, convoca o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto. “Dado o momento excepcional por que passam os bancos, mais uma vez batendo recordes de lucro, isso é plenamente viável. Mas nada vem de graça, é preciso todos juntos nesta luta”, emenda. 

Na Campanha Nacional deste ano, os bancários vão lutar, entre outros pontos, por aumento real de salário, PCS para todos, pela elevação e simplificação da PLR e pelo fim das metas abusivas e do assédio moral. No BB, o foco será a abertura imediata de negociação sobre PCCS, o fim da lateralidade e o pagamento das substituições e jornada de 6 horas para comissionados, enquanto os bancários da Caixa querem mudanças no plano de carreira e democracia na gestão da empresa.

A dinâmica das negociações

Por deliberação da 10ª Conferência da categoria, nesta campanha o formato de negociação de mesa única (bancos públicos e privados) para reivindicações gerais e mesas concomitantes para questões específicas de bancos será mantido. Também será mantido o formato de negociações por blocos de temas como saúde, segurança e questões econômicas. Somente após o esgotamento dos debates é que as negociações avançam para outro bloco.

A estratégia inclui ainda a participação, do mesmo lado da mesa de discussões, de todas as centrais que compõem o movimento sindical bancário. A idéia é somar todas as correntes políticas com representação na categoria, independente do viés ideológico, de modo a construir a unidade e reunir forças para o enfrentamento com os patrões.