Os bancários fecharam nesta terça-feira 4 as agências do Itaú que tiveram o horário de atendimento ampliado em protesto contra a decisão do banco de implementar a medida à revelia do movimento sindical. Apesar da extensão do horário, o banco não contratou mais funcionários, não investiu em segurança e ainda discrimina ao só atender correntistas no período diferenciado.
Agências de Ceilândia, Setor Comercial Sul, 510 Sul, 516 Sul e 504 Norte não abriram de 9h às 11h e nem de 16h às 19h. A paralisação também inclui as unidades dos shoppings Conjunto Nacional, ParkShopping, Águas Claras e Pátio Brasil, no horário estendido de 17h às 20h.
“O Sindicato organizou as manifestações para protestar contra a ampliação do horário de atendimento sem que haja, por parte do banco, preocupação com os bancários. Somos a favor da medida, desde que sejam dois turnos de trabalho, com mais bancários. A maneira como a decisão foi imposta deixa os funcionários sobrecarregados e acarreta prejuízos à vida social. Sem contar a falta de segurança em algumas agências”, afirma Edmilson Lacerda, secretário de Administração do Sindicato.
No Distrito Federal, 11 locais funcionam dentro do novo formato. O objetivo do banco é chegar a 1,5 mil agências com horários ampliados em todo o território nacional. “Além de poucos funcionários atendendo e ainda trabalhando mais, o banco discrimina os usuários, já que no horário especial apenas os correntistas podem ser atendidos”, frisa Sandro Oliveira, diretor do Sindicato.
O movimento sindical cobra que o banco reveja a decisão. “O banco pode mudar essa realidade de insatisfação e exploração dos funcionários. Basta investir em mais contratações, mais segurança e não excluir usuários no atendimento”, diz Washington Henrique, diretor do Sindicato.
O Sindicato tem organizado uma série de protestos contra a ampliação do horário de atendimento da forma como está sendo feito. No dia 31 de agosto, as agências do Setor Comercial Sul foram fechadas pelo mesmo motivo.
Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília
