Pressão contra PLS 555 continua nesta quarta-feira (9)

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Diante do risco do PLS 555,  o projeto tucano que privatiza estatais, entrar novamente em pauta para votação nesta quarta-feira (9), a CUT convoca os trabalhadores a continuarem mobilização no Senado Federal a partir das 12h.

Graças à intensa mobilização da CUT, de outras centrais sindicais e de movimentos sociais que compõem o Comitê em Defesa das Estatais, a votação do Projeto privatista foi adiada várias vezes. Diante da resistência, um grupo de senadores elaborou proposta de Emenda Substitutiva ao PLS 555, que retira os pontos do projeto que são mais nocivos a classe trabalhadora e à população em geral.

Na tarde dessa terça-feira (8), foram realizadas reuniões entre governo, senadores do PT e um dos autores do projeto, Tasso Jereissati (PSDB-CE) para negociar o texto do PLS 555. O Comitê em Defesa da Estatais se reúne no auditório da CUT Nacional em Brasília às 9h desta quarta-feira (9) para avaliar o resultado das negociações, antes dos dirigentes se dirigirem ao Senado.

“Precisamos ver o que avançou ou não nessa terça-feira (8) e então definir as nossas ações frente a possibilidade de negociação e votação do PLS 555, mas o movimento sindical já deixou bem claro que existem pontos inegociáveis nesse nefasto projeto”, explica o dirigente nacional da CUT, Pedro Armengol.

“Existem ao menos cinco ou seis pontos principais que desestruturam completamente as empresas estatais, transformando-as em sociedades anônimas e retiram os trabalhadores espaços de poder, como conselhos e afins. Tendo em vista as ameaças de votação e possível aprovação do projeto, lutaremos para retirar dele o que há de mais problemático e talvez irreversível para a classe trabalhadora”, completa Pedro Armengol.

Para os trabalhadores, o PLS 555, oriundo de propostas dos tucanos privatistas Tasso Jereissati e Aécio Neves, representa ameaça a cerca de 140 empresas públicas, pois obriga a abertura de capital das estatais para a iniciativa privada. Para a população, o referido projeto também é prejudicial, pois pode significar aumento de tarifas e precarização das relações de trabalho e do serviço oferecido.

Outro absurdo previsto no projeto é a proibição da participação de dirigentes sindicais e filiados a partidos políticos no Conselho de Administração das empresas públicas, reduzindo a capacidade de fiscalização dos trabalhadores nas empresas.

Fonte: CUT Brasília