Presidente do BB recebe pauta específica de reivindicações do funcionalismo

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O presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, recebeu da Comissão de Empresa dos Funcionários a pauta específica de reivindicações dos bancários, na tarde desta quinta-feira 11, em São Paulo, para o início das negociações da Campanha Nacional 2016.

Além das questões de remuneração, emprego, igualdade, saúde e condições de trabalho, os bancários estão empenhados em defender os direitos já conquistados. O diretor do Sindicato Rafael Zanon, que integra a Comissão de Empresa, afirmou que os representantes dos bancários reforçaram junto ao BB a importância de demandas que são consideradas prioritárias, como a defesa da instituição como banco público e contra a privatização, melhores condições de trabalho, debate sobre as agências digitais e processos seletivos transparentes e objetivos, além do fortalecimento da Cassi (Caixa de Assistência).

“Com a entrega da minuta, uma nova fase é iniciada com as negociações da mesa específica. Durante o ano inteiro realizamos mesas permanentes de negociações com o BB sobre ascensão, saúde, Cassi, Previ, condições de trabalho e outras. Realizamos congressos, encontros e assembleias regionais, o Congresso Nacional específico dos funcionários do BB e a Conferência Nacional do Bancários, onde debatemos as reivindicações dos bancários e bancárias de todo o país. Com a entrega das pautas de reivindicações, iniciaremos as negociações gerais e específicas da Campanha Nacional 2016”, destacou Zanon. “Importante frisar que a campanha é unificada, e a mesa específica caminhará junto com a negociação geral na Fenaban. Sabemos que os bancos têm condições de atender às reivindicações e lutaremos para sair com um bom acordo para os bancários”.

Não foi marcada a data da primeira rodada de negociações. A minuta foi aprovada no 27º Congresso Nacional dos Funcionários, realizado em junho, em São Paulo, do qual participaram mais de 323 delegados de todo o Brasil.

As principais reivindicações dos bancários do BB:

˃ Defesa do banco público, contra a privatização.
˃ Jornada de seis horas para todos, sem redução de salário.
˃ Vale alimentação e refeição na licença saúde.
˃ Não constar nenhum registro no ponto eletrônico sobre falta de greve.
˃ Fim do desvio de função, pagamento das substituições.
˃ Critérios transparentes e objetivos de ascensão profissional.
˃ Mais contratações.
˃ Redução para 10 anos do prazo de elegibilidade no Previ Futuro.
˃ Prazo amplo para utilização de folgas adquiridas.
˃ Isonomia: licença prêmio e férias de 35 dias para os pós-98.
˃ Fim dos problemas decorrentes da implantação do modelo BB Digital.
˃ Melhoria das condições de trabalho nas PSOs.
˃ Fim dos descomissionamentos imotivados (fim do ato de gestão).
˃ Pagamento de 7ª e 8ª horas.
˃ Maior prazo para cumprimento de horas negativas.
˃ Manutenção de remuneração e praça dos trabalhadores em caso de reestruturações.
˃ Comitês de ética paritários.
˃ Fim da imposição de metas e combate ao assédio moral.
˃ Reivindicações específicas para o Sesmt e Ouvidoria.
>Cassi e Previ para funcionários oriundos de bancos incorporados.

Cassi e Previ

O funcionalismo reivindica ainda mais autonomia na estrutura do Sesmt e implantação na Cassi do modelo de assistência integral à saúde. Na Previ, a luta é pela manutenção da participação de associados na gestão, ameaçada pelo PLP 268, pelo fim do voto de minerva, melhoria dos benefícios para os participantes, redução das taxas de carregamento e administração e contribuição 2B a todos, inclusive incorporados.

Clique aqui para ler a minuta específica do BB

Renato Alves
Do Seeb Brasília