POR RODRIGO BRITTO | Carta aberta aos funcionários do Banco do Brasil

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Queridas(os) colegas do BB,

Nesta última terça, 18 de junho, nossa minuta de reivindicações foi entregue aos representantes da direção do Banco do Brasil. Além dela, que refere-se ao nosso ACT – Acordo Coletivo de Trabalho, vários temas, como Cassi, Previ, pautas específicas de segmentos e setores da empresa, foram apresentados para conhecimento do banco.

As mesas de negociação com a direção do Banco do Brasil ocorrerão todas as semanas de julho e agosto. O objetivo é construir uma proposta positiva para renovação do nosso ACT e buscar avanços concretos em relação às demais demandas específicas.

Em Brasília, desde o final do ano passado, foram realizadas reuniões nos locais de trabalho, reuniões mensais com os(as) delegados(as) sindicais e compartilhadas informações pelos meios de comunicação do nosso Sindicato dos Bancários, de forma virtual e física, em especial pelo Espelho DF.

No dia 13 de abril, foi realizado o Congresso Distrital dos(as) Funcionários(as) do BB e, no dia 20 de abril, o Congresso Distrital dos(as) Bancários(as). Após esses eventos, tivemos os fóruns regionais e nacionais da categoria e demais trabalhadores(as) do ramo financeiro.

Chegamos a um momento em que precisamos fortalecer nossa atuação e mobilização visando pressionar a direção do banco. A ideia é arrancar uma boa proposta por meio do diálogo e da boa negociação. Mas tenho certeza de que o funcionalismo, caso seja necessário, não se furtará a utilizar o movimento paredista para exigir respeito e valorização.

Sendo assim, enquanto representante do funcionalismo do BB das regiões Centro-Oeste e Norte na mesa de negociação, irei propor e executar junto com nossos dirigentes da base da Fetec-CUT/CN uma forte ação no interior dos nossos estados rumo às capitais, com o objetivo de dialogar e mobilizar aqueles(as) colegas do banco que ainda não estejam tão atentos à Campanha Nacional dos Bancários 2024.

Por fim, gostaria de abordar um último tema com meus colegas de BB. Precisamos mudar a cultura do individualismo e desmonte das estruturas do banco que foi implementada na direção da empresa nestes últimos anos, em especial de 2016 até 2022.

O fantasma da privatização prejudicou nossas carreiras com reestruturações, fechamento de agências, precarização da Ditec e DG, terceirização da atividade-fim, fraudes trabalhistas, falta de empatia entre colegas e, principalmente, com a implementação do Performa, novos sistemas de avaliações individuais e o PDG.

É necessário que a atual gestão do Banco do Brasil tenha a coragem de varrer para fora da empresa todo estrago feito pelas gestões anteriores. É preciso mudar a lógica do banco, valorizar seu corpo funcional e fortalecer o papel público deste importante patrimônio do povo brasileiro. É preciso ter coragem para fazer as mudanças necessárias. Da mesma forma que o funcionalismo do BB terá coragem para realizar a luta caso tais mudanças não ocorram.

Um forte abraço e até a vitória!

Rodrigo Britto
Presidente da Fetec-CUT/CN e membro da CEBB