A resposta para quem trabalha no banco é fácil, por causa:
- Das péssimas condições de trabalho, poucos funcionários e o excesso de metas;
- Do assédio moral/violência organizacional praticados pela empresa;
- Das questões pendentes na Cassi e Previ;
- Do desrespeito à jornada de 6h;
- Da falta de um PCCS justo que contemple o crescimento horizontal;
- Da retirada do pagamento das substituições; e
- Do tratamento discriminatório entre pré e pós 98 (igualdade de direitos).
Nós, funcionários do BB, temos que aproveitar este momento para mostrar a nossa unidade e buscar dignidade e respeito perante a direção do banco. A participação de cada um é fundamental para o êxito no final da campanha.
O melhor do Banco do Brasil é seu funcionalismo.
As contas do BB demonstram sua capacidade de atender nossas reivindicações
Segundo o relatório de administração do banco, a expansão dos negócios foi conquistada com rígido controle das despesas, principalmente na despesas/contratação de pessoal efeito da (des)estruturação promovida em 2007. O índice de eficiência passou de 49,1% no primeiro semestre de 2007 para 44,5% neste período.
No período, as receitas operacionais evoluíram 11,8%, sendo que as receitas de prestação de serviços, incluindo as rendas de tarifas bancárias, atingiram R$ 5,8 bilhões, incremento de 20,9% em relação a junho de 2007, reflexo da evolução do volume de recursos administrados e da ampliação das bases de correntistas e de cartões. O BB encerrou o semestre com uma base de 46 milhões de clientes, crescimento de 9,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já as despesas administrativas, que compreendem as despesas de pessoal e outras, totalizaram R$ 7,7 bilhões, crescimento de 3,2% em 12 meses.
Conforme a Nota 18 das Demonstrações Financeiras, mesmo com a contratação de mais funcionários, ainda que em patamar insuficiente para atender as demandas, as despesas com proventos e encargos cresceram em 10,8% enquanto as despesas com honorários de diretores e conselheiros teve um crescimento de 100,7%, reflexo do que consta da Nota 27, onde a remuneração dos dirigentes sofreu um reajuste de mais de 30% em abril/2008, enquanto os demais salários tiveram o reajuste de 6,8% em set/2007.
Nota 18
Outro fator que demonstra o descaso com o funcionalismo pode ser visto na distribuição do valor agregado do BB entre 2003 e 2007. O valor distribuído aos acionistas evoluiu 112%, ou seja, mais do que dobrou, saltando de R$ 2,381 bilhões para R$ 5,058 bilhões. No mesmo período, o valor distribuído em forma de despesas de pessoal, onde se inclui a PLR, cresceu apenas 22%, saindo de R$ 6,894 bilhões para R$ 8,406 bi.
Nota 27