Bancários de Brasília participam do Dia Nacional de Mobilização e Lutas

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Os direitos conquistados pelo povo brasileiro estão sendo roubados pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Em resposta aos ataques à Previdência Social e à legislação trabalhista, dirigentes sindicais e representantes dos movimentos sociais foram às ruas de todo o país, na última sexta-feira (31), para dialogar com a população no Dia Nacional de Mobilização e Lutas.

Em Brasília, as atividades se concentraram em locais estratégicos da capital federal. Logo no início do dia, feiras, shoppings, estações do metrô e pontos de ônibus do Plano Piloto e de regiões administrativas se tornaram mais um espaço para conversar sobre as temerosas reformas que só retiram direitos e afetam direramente os trabalhadores e as pessoas mais pobres.

“Estivemos em diversos locais de Brasília para conscientizar a todos sobre a importância de se mobilizar contra os ataques deste governo aos nossos direitos. Todo dia eles querem retirar mais um direito do trabalhador, mas nós não vamos parar”, destaca o presidente da Fetec Centro Norte e bancário do Bradesco, José Avelino.

À tarde, o ato e a panfletagem marcados para a Rodoviária do Plano Piloto reuniu centenas de pessoas. Além do sonoro “Fora Temer”, que ecoou dezenas de vezes, os manifestantes também protestaram contra o desmonte da Previdência e a destruição dos direitos trabalhistas com faixas, bandeiras e cartazes.

Mulheres na luta

Para a secretária de Relações com a Comunidade do Sindicato, Jaqueline Perroud, as mulheres têm um papel fundamental na luta contra os ataques aos direitos do povo. “Contamos com a força das mulheres na luta, já que seremos as mais vítimas dessas reformas, caso elas passem”.

Com a proposta de reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional como PEC 287, por exemplo, elas perdem, entre outros direitos, a conquista que estabelece o tempo de contribuição em 30 anos. Caso a reforma seja aprovada, homens e mulheres deverão contribuir por 49 anos.

“Nossos direitos estão sendo ameaçados por esse governo golpista. Neste mês de abril, até o dia 28, quando faremos a greve geral, vamos chamar umas às outras porque juntas somos mais fortes”, convoca Jaqueline durante panfletagem na Rodoviária.

Dia 28 é greve geral

A partir dos atos realizados na última sexta (31), a CUT e seus sindicatos filiados começam a construir uma greve geral para frear as tentativas de ataque à classe trabalhadora, arquitetadas pelo governo golpista. A paralisação de todos os trabalhadores brasileiros está marcada para o dia 28 de abril.

Servidora pública, Márcia Teixeira participou do ato e acredita que só a mobilização do povo pode barrar as medidas temerosas do governo ilegítimo. Para ela, “o Congresso está muito ‘guloso’ para tirar nossos direitos o mais rápidos que conseguirem. Estamos no momento em que, ou luta ou nunca mais se aposenta, ou nunca mais têm direitos trabalhistas. Até o mais desanimado dos trabalhadores vai acabar se levantando para ir à luta”.

Joanna Alves

Colaboração para o Seeb Brasília