Plenária decide fazer ato contra distorções do PFG da Caixa

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O Sindicato e empregados da Caixa promovem ao meio dia desta sexta-feira (16) um ato diante da Matriz I, no SBS, quando manifestarão sua insatisfação em relação à série de distorções e discriminações existentes no Plano de Funções Gratificadas (PFG) implantado unilateralmente pela empresa desde o início de julho.

 

A decisão de promover o ato foi tomada durante reunião plenária ocorrida na noite de quarta-feira (14) na Sede do Sindicato. “Durante a manifestação, alertaremos e orientaremos os funcionários sobre os problemas verificados no PFG e esperamos que a direção da empresa reveja essas questões durante a reunião da mesa de negociação permanente que estará ocorrendo entre a Comissão Executiva de Empresa (CEE/Caixa) e representantes do banco no final da manhã”, explica Enilson da Silva, diretor do Sindicato. A CEE/Caixa estará entregando nesse encontro a pauta específica dos funcionários da empresa, definida com base nas resoluções do 26º Conecef realizado no fim de maio, em São Paulo (SP).

 

Na plenária de quarta, o Sindicato ofereceu aos bancários da Caixa a oportunidade de tirar dúvidas e obter vários esclarecimentos sobre o PFG. Compuseram a mesa o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), Jair Pedro, o diretor do Sindicato Enilson da Silva e o advogado Paulo Roberto, da assessoria jurídica do Sindicato. Logo após as falas dos integrantes da mesa, o microfone foi aberto para as perguntas e colocações do público. 

Como coordenador da CEE/Caixa, Jair Pedro participa diretamente das negociações permanentes com a direção da empresa e deu uma visão geral sobre o PFG. Apresentado no dia 30 de junho, o PFG traz distorções e alguns avanços para os cargos comissionados.

“O PFG gera intranquilidade a uma parcela significativa do corpo funcional ao descriminar os trabalhadores que permanecerão no Plano de Cargos e Salários (PCS), assim como aos que impetraram ações judiciais contra a Caixa. O novo PFG ainda prevê a redução de jornada com redução proporcional de salário, contrariando veementemente o que reivindicam os trabalhadores. Além disso, ao contrário do que vinha sendo discutido nas negociações anteriores, o PFG não contém qualquer menção sobre as indenizações para os funcionários que sofrerão redução de jornada", avalia Enilson Cardoso, bancário da Caixa e diretor do Sindicato.

Jair ressaltou também as discriminações cometidas contra alguns grupos de funcionários pelo PFG. Em especial, ficam impedidos de aderir ao novo plano todos aqueles que estão com o Reg/Replan não saldado. As carreiras técnicas, como a dos trabalhadores da tecnologia, também não foram contempladas adequadamente.

“Por conta dessas e outras questões envolvendo o PFG, nem a Contraf nem os Sindicatos assinarão qualquer acordo aditivo sobre a redução de jornada, e muito menos assinaremos o acordo do PFG, conforme deliberado no Conecef deste ano. Nossa proposta de plano de carreira foi formulada nos fóruns dos empregados que antecederam a greve de 2008, e lutaremos para nos aproximar dela ”, afirmou Jair Pedro.

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Orientação Jurídica

Paulo Roberto é da Crivelli Advogados Associados, a assessoria jurídica do Sindicato. Ele recomendou cautela aos funcionários cuja transição para o PFG é facultativa. “A orientação geral, para os funcionários que se sentem prejudicados, é de procurar ajuda para uma leitura atenta do contrato oferecido pela Caixa. Cada caso é um caso, e o Sindicato está aberto para oferecer este tipo de atendimento”.

Para os funcionários cuja jornada no PCC é igual à no PFG, a transição é compulsória. Os outros casos, especialmente quando houver possibilidade de redução salarial, demandam atenção jurídica particular, oferecida pelo Sindicato. 

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