PFC é um dos destaques nos debates do Congresso Distrital dos Empregados da Caixa

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A discussão sobre novo Plano de Cargos e Comissões (PCC) – ou Plano de Funções Comissionadas (PFC), com também está sendo chamado -, despertou grande interesse entre os participantes do Congresso Distrital dos Empregados da Caixa realizado neste sábado, dia 4 de abril, na sede do Sindicato. O ato de abertura ocorreu às 9h, após café da manhã, e o encerramento deu-se às 18h com a eleição dos delegados do Distrito Federal ao 25º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), que será realizado entre os dias 23 e 25 de abril, em Brasília.

 

 

 

 

 

 

 

 

O Congresso Distrital debateu os assuntos que se apresentam como desafios ao movimento dos empregados e definiu as propostas de Brasília que serão levadas ao Conecef para, posteriormente, serem colocadas sobre a mesa das negociações permanentes com a empresa. Além do novo PFC, foram destaque também no congresso as questões relativas ao PCS, ao Saúde Caixa, à jornada de trabalho e ao REG/Replan não-saldado, entre outras.
 
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Em relação ao PFC, foram definidas como propostas extinguir o CTVA, valorizar as carreiras técnicas, instituir promoção automática por tempo de função, efetivar a jornada de 6h para todos sem redução de salários e outras. Sobre PCS, foram levantadas questões como fim do delta zero e necessidade de revisão dos requisitos para promoção por merecimento.

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O Congresso Distrital reiterou o repúdio aos seguidos atos de discriminação aos participantes do REG/Replan não-saldado da Funcef e posicionou-se pela continuidade da defesa dos que decidiram remanescer no referido plano, para que seja respeitada a opção que fizeram, sem retaliações. A proposta foi também de reforço a todas as fermentas de luta de que dispões as entidades sindicais e associativas, incluído as ações jurídicas.
 
Sobre o Saúde Caixa, foram destacados os problemas relativos a descredenciamentos, descontos indevidos com demora no reembolso e carência de pessoal nas Gipes. Entre as propostas aprovadas estão a criação do plano Saúde Família e o estabelecimento de caráter deliberativo ao Conselho de Usuários do Saúde Caixa.
 
As discussões de propostas em grupos de trabalho foram antecedidas por dois painéis de debates: um sobre conjuntura internacional e nacional, com o assessor econômico da Funcef, Heglehyschynton Marçal, e outro sobre a Caixa e a Funcef, com o gerente de Planos Atuariais da fundação, Valmir Gôngora.
 
A plenária final do congresso definiu as reivindicações específicas para deliberação no Concef e elegeu os 31 delegados que irão representar Brasília no evento nacional dos empregados. Na delegação, seis eleitos representam o segmento aposentados.

Mesa de abertura destaca importância do evento

O presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, os diretores Raimundo Félix, Jair Pedro e Eduardo Araújo (este representando a Contraf/CUT), o gerente de Planos Atuariais da Funcef, Valmir Gôngora, além do secretário de imprensa da CUT/DF, Cícero Rola, compuseram a mesa de abertura do Congresso Distrital dos Empregados da Caixa, na manhã do último sábado.

Raimundo Félix citou o lançamento de livro sobre a obra de Leonardo Boff, em evento no Teatro dos Bancários na quinta-feira 2, para lembrar os valores difundidos pela Teologia da Libertação, corrente teológica defendida por Boff, identificados com a luta dos trabalhadores. E declamou a seguinte canção que, explicou, é o sonho de todo trabalhador que luta:

"Venham todos, cantemos um canto que nasce da terra, canto novo de paz e esperança, em tempos de guerra. Neste instante há inocentes tombando nas mãos de tiranos. Tomar terra, ter lucro, matando: são esses seus planos. Eis o tempo de graça, eis o dia da libertação! De cabeças erguidas, de braços unidos, irmãos! Haveremos de ver qualquer dia, chegando a vitória, o povo nas ruas, fazendo a história, crianças sorrindo em toda a nação!".  

O presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, ressaltou a importância da realização do Congresso logo no início de abril, antecipadamente em relação a outros períodos, numa estratégia para fortalecer a luta dos trabalhadores por suas reivindicações.

Eduardo Araújo frisou a mobilização como mecanismo de pressão sobre os banqueiros e que o Congresso da Caixa é parte integrante desse processo.

Valmir Gôngora lembrou a trajetória de luta dos trabalhadores da Caixa, os avanços, conquistas e mudanças ao longo dos últimos 25 anos.

Jair Pedro adiantou os desafios que estão colocados para os empregados da Caixa para este ano, como a luta contra a CI 107 e o PFC, por exemplo. Para ele, é preciso discutir as questões específicas sem perder o foco na campanha salarial.

Já Cícero Rola destacou a importância dos bancos públicos, principalmente dentro do contexto da maior crise econômica das últimas décadas, e a necessidade de se discutir as condições de trabalho nos bancos.