Pauta específica será entregue pela Comissão de Empresa à Caixa nesta segunda-feira (10)

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Nesta segunda-feira, 10 de agosto, data em que o Comando Nacional dos Bancários entrega à Fenaban a minuta da Campanha Nacional 2009, será dado também o pontapé inicial nas negociações de temas específicos na Caixa.  A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) apresentará à empresa as reivindicações pelas quais os trabalhadores vão lutar para que sejam atendidas. A exigência de PCC digno, com valorização das funções e garantia de progressão na carreira, é o principal ingrediente da pauta que será colocada sobre a mesa de negociações.

A disposição dos bancários de dar agilidade e efetividade ao processo negocial enfrenta, no entanto, dificuldades já no primeiro momento. A Caixa vem dando demonstrações de que pretende embolar o meio de campo para embaçar o jogo. Até agora sequer a sua proposta de PCC foi posta em discussão. A primeira parte, com questões genéricas, foi apresentada em 8 de julho e o restante não saiu mais da gaveta. O compromisso assumido pela empresa no desfecho da campanha do ano passado foi de que o conjunto da obra seria apresentado aos bancários em 30 de junho.

“Se a palavra empenhada tivesse sido cumprida, a discussão sobre esse assunto estaria em estágio bastante avançado, podendo, inclusive, ser concluída sem ser misturar com os demais itens da pauta deste ano. De nossa parte, vamos atuar para que o PCC seja tratado com a seriedade necessária e contemple o que todos nós almejamos, obviamente, sem qualquer prejuízo para as nossas outras reivindicações”, enfatiza Adilson Souza, coordenador do coletivo da Caixa no Sindicato.

Adilson aponta também como problema o rescaldo da greve do ano passado, ainda mantido pela Caixa como instrumento de coação aos bancários. A empresa foi a única a não cumprir o acordo coletivo com a Fenaban que previa o pagamento de dias parados e derrubou na semana passada liminar do Sindicato que suspendia o desconto dos dias parados e não compensados.  “Essa história que está sendo ressuscitada com a queda da liminar na Justiça, a empresa pode esquecer, porque insistir nisso é por lenha na fogueira da nossa mobilização e empurrar a categoria para outra greve”, alertou. 

Para o Sindicato, o caminho é o da melhoria da remuneração, com solução para os problemas enfrentados pelos bancários em seu dia a dia de trabalho, tendo como norte as prioridades definidas em reunião da CEE/Caixa no último dia 29. Além de PCC digno, estão também no foco da mobilização dos empregados da Caixa a isonomia de direitos entre novos e antigos empregados, a ampliação dos direitos dos aposentados, a contratação de novos empregados e a melhoria das condições de trabalho, o respeito à jornada de seis horas e a democratização da gestão.