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Essas são as palavras de ordem apontadas pelos dirigentes sindicais para o complexo cenário político e econômico no qual vai se desenrolar a Campanha Nacional dos bancários deste ano.

O recado foi dado durante a assembleia geral da categoria que elegeu por unanimidade na noite desta segunda-feira (14), na sede do Sindicato, os delegados e delegadas que representarão Brasília nos congressos nacionais do Banco do Brasil, da Caixa, de bancos privados e na 20ª Conferência Nacional, que serão realizados entre os dias 7 e 10 de junho, em São Paulo.

“Vivemos um momento histórico, difícil mas histórico, com a nova legislação trabalhista, que ataca frontalmente todos os nossos direitos, e de forma especial os sindicatos, seja na sua independência financeira, seja na sua capacidade de negociação”, resumiu o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, que conduziu a assembleia. “Apesar disso, venceremos mais essa batalha”.

“Se nas campanhas anteriores a luta era pela ampliação de conquistas, agora, com o golpe nos nossos direitos, o debate visa a manutenção das nossas cláusulas de direitos, a defesa da mesa única de negociação, da convenção coletiva válida para toda a categoria, combater as demissões em massa, defender os bancos públicos, defender a democracia, combater a terceirização e lutar pela manutenção do emprego”, completou.

Conjuntura econômica


Na primeira foto acima, o diretor do Sindicato Wandeir Severo, que representa Brasília na mesa de negociação com a Caixa; na outra imagem, o diretor Rafael Zanon, representante dos bancários na mesa com o BB

A assembleia contou com painel do economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Pedro Tupinambá, que fez uma análise de conjuntura macroeconômica do Brasil, também chamando a atenção para a reforma trabalhista, cujos impactos, segundo ele, ainda estão sendo medidos, já que a nova legislação entrou em vigor há pouco mais de seis meses.

Ao analisar o cenário econômico do país e o balanço dos bancos em 2017, o economista afirmou, contudo, que é certo que a nova legislação levou à queda nas ocupações com carteira assinada e ao aumento do mercado informal de trabalho.    

Por outro lado, as instituições financeiras, mais uma vez, passaram ao largo da crise econômica. Para se ter uma ideia, apenas os cinco maiores bancos em ativos que atuam no Brasil (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander) auferiram lucro que bateram a casa dos R$ 77,4 bilhões.

Por outro lado, todo esse resultado robusto veio acompanhado de retração na oferta de crédito, mesmo com a taxa Selic em baixa, e fortes reestruturações, que resultaram em fechamento de agências (-1.314) e demissões em massa (17.905) – impulsionadas por PDVs -, contribuindo para aumentar a massa de desempregados do país, que fechou o último trimestre do ano passado em 12,3 milhões de trabalhadores à procura de vagas.  

Congressos em junho  

Foram eleitos delegados e delegadas ao congressos do BB e da Caixa, de bancos privados e também à 20ª Conferência Nacional, com 50% das vagas ocupadas por mulheres. Os encontros dos bancários dos bancos públicos e privados ocorrerão separadamente nos dias 7 e 8 de junho, em São Paulo. E no mesmo dia 8 começa a Conferência, também na capital paulista, e vai até o dia 10.

Nesses fóruns serão debatidas e aprovadas as minutas finais de reivindicações da categoria, que serão entregues aos bancos para as negociações para renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e dos acordos aditivos.  

Participação da categoria

Está disponível no portal do Sindicato link para a consulta para que os bancários apontem suas prioridades para a luta deste ano. Os trabalhadores de Brasília também podem enviar propostas de reivindicações para centraldeatendimento@bancariosdf.com.br. Todas as sugestões servirão de base para as discussões sobre a minuta nacional a ser entregue à Fenaban. O resultado final da consulta será apresentado durante a 20ª Conferência. 

Renato Alves
Do Seeb Brasília