Parar para pensar. E agir

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Chega um momento que o trabalhador precisa se voltar um pouco mais para si próprio, para o seu orçamento familiar, para a sua saúde, para o seu aperfeiçoamento técnico e intelectual, para as possibilidades que tem de se divertir, de consumir arte, de cuidar da sua condição física e mental e de aspectos outros de sua vida.  

É certo que o refletir sobre tudo isso acontece no quotidiano de todo mundo.  Mas não é essa a reflexão em questão. É o parar para pensar pelo qual se busca identificar, principalmente, aquilo que nos consome sem nos ofe-recer a devida contrapartida. É o ato objetivo de olhar a realidade com a predisposição de resolver pendências, de renegociar contratos e de melhorar o equilíbrio entre o que ofere-cemos e o que recebemos.

No caso do trabalhador, a equação tem como fatores principais, de um lado, o esforço físico e intelectual que ele dedica à geração de resultados com máximo de produtividade e, de outro, o salário, as condições de trabalho e de crescimento profissional e humano a ele ofe-recidos.

O momento de discutir estas e outras tantas questões que envolvem trabalho e recompensa foi institucionalizado pela força da organização da classe trabalhadora. Na convencionalmente denominada data-base, o patrão está obrigado por imposição legal, e também moral, a sentar para negociar com as representações da categoria profissional da atividade econômica por ele explorada.

Nessa hora, entra em cena a capacidade dos trabalhadores de se unirem por suas reivindicações e de se fazerem expressar através de seus sindicatos. Não há fórmula mágica que possa resolver os problemas do assalariado. A luta tem que ser coletiva, a partir de discussões democráticas nos locais de trabalho e nas assembléias sindicais.

Para a categoria bancária, cuja data-base é 1º de setembro, a campanha salarial 2008 já está em fase preparatória. As entidades sindicais debaterão com os trabalhadores, daqui até o final de julho, as propostas para composição da pauta de reivindicações a ser apresentada aos bancos. As negociações terão início logo após a Confe-rência Nacional dos Bancários, marcada para o período de 25 a 29 de julho, em São Paulo.

O sindicato está buscando o envolvimento de todos os bancários e bancárias nas discussões. Serão promovidas reuniões nos bancos, fóruns de delegados sindicais e assembléias. Nos dias cinco e 12 de julho acontece o IV Congresso dos Bancários de Brasília.

O chamamento à participação é feito a todos os trabalhadores dos bancos públicos e privados. Os ativistas das centrais sindicais com inserção na categoria bancária estão especialmente convocados a contribuírem para uma campanha salarial unitária, construída pelo debate amplo e democrático.