A paralisação de 24 horas foi forte no DF na sexta-feira 28, principalmente nas agências e nos prédios administrativos do BB e da Caixa. |
A paralisação de 24 horas foi forte no DF na sexta-feira 28, principalmente nas agências e nos prédios administrativos (onde funcionam serviços de processamento de dados, por exemplo) do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Foram cerca de 70 agências com as portas fechadas.
Nos bancos privados, houve paralisações parciais pela manhã – com retardamento da abertura ao público que variou conforme o banco -, concentradas nas agências do Bradesco, Itaú, Unibanco e Banco Real do Setor Comercial Sul.
Interditos proibitórios
E mais uma vez os bancos lançaram mão do interdito proibitório para coibir a paralisação dos trabalhadores e forçar a abertura de agências. Na sexta-feira, recorreram a este instrumento jurídico Bradesco, Itaú, Unibanco e Citibank. Com um interdito proibitório, os bancos garantem a posse de propriedades, impedindo o direito de greve.
Insatisfeitos com a proposta de reajuste de 4,82% apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os bancários de Brasília deflagraram, na quinta-feira à noite em assembléia no Setor Bancário Sul, greve de 24 horas nesta sexta-feira 28 de setembro. A maioria das unidades no Distrito Federal amanheceu fechada.
Com a greve de 24 horas, deixamos claro aos banqueiros que a categoria exige aumento real salário e melhoria na PLR. Se eles não atenderem as reivindicações, os bancários vão para a greve por tempo indeterminado a partir do dia 3., adverte Rodrigo Britto, presidente do Sindicato e integrante do Comando Nacional.
Greve nacional
Além de Brasília, os bancários das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Campo Grande e dos Estados do Pará, Amapá, Paraíba, Piauí e Rondônia também participaram da greve de 24 horas na sexta-feira.