Para promotoria, caso do Guará II apresenta indícios de abuso de autoridade

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A promotora que acompanha o caso do agente da Polícia Civil que invadiu uma agência do Itaú no Guará II, no último dia 4, afirmou que há fortes indícios de abuso de autoridade no episódio. Essa avaliação preliminar foi manifestada na audiência que ocorreu nesta terça-feira (22), no Juizado de Pequenas Causas, no Fórum do Guará.

Além de ter rejeitado as justificativas apresentadas pelo policial civil no boletim de ocorrência da 4ª DP, a promotora apontou que o conjunto de fatos apresentados pode estar sim relacionado a um excesso por parte do agente.

Os advogados dos dois vigilantes e da bancária presos no dia da invasão da agência pelo agente, que se negou a se identificar para entrar armado na agência, apresentaram vídeos e fotos tirados pelas câmeras de segurança, que mostravam o policial quebrando os vidros da porta giratória. Também anexaram ao processo o grupo de testemunhas que poderão depor contra este e outros policiais que apareceram no apoio. Estavam presentes à audiência também representantes de entidades sindicais de bancários e vigilantes e do banco Itaú.

Raimundo Dantas, diretor do Sindicato, concorda com o parecer da promotora: “As evidências apresentadas sobre o caso sempre deixaram claro que o policial extrapolou. Vamos continuar exigindo justiça”. O diretor do Sindicato Edmilson Lacerda acrescentou que o policial deveria, cumprindo as normas federais, ter apresentado sua identificação policial e não forçar a entrada e prender trabalhadores irregularmente. Informou ainda que o policial não compareceu à audiência nem enviou representante legal. A promotora vai analisar as provas anexadas, devendo marcar nova audiência para questionar o agente agressor.