Os avanços das campanhas articuladas

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Finda a Campanha Nacional dos Bancários 2007, é hora de fazer um balanço dos avanços que o funciona-lismo do BB vem conseguindo com a estratégia da campanha unificada com a categoria.

1. Nos últimos quatro anos, o funcionalismo do BB teve aumento real de salário de 5,5% (veja no quadro). No mesmo período, o salário inicial teve reajuste ainda maior, em razão da inclusão dos R$ 30,00 na campanha de 2004. Para os comissionados (maior grupamento, com cerca de 58 mil pessoas) o efeito da unidade foi maior ainda, pois até 2002 as comissões nunca eram reajustadas, como sempre foi nos demais bancos da Fenaban.

Antes, além de haver poucas oportunidades de crescimento na carreira, muitos não tinham interesse nela porque as comissões não eram corrigidas. Com a unificação, todas as verbas passaram a ser reajustadas, inclusive o Valor de Referência (VR).  

2. Outro avanço muito importante foi na PLR, que na verdade não existia. O banco pagava quanto queria e para quem queria — migalhas para a grande maioria e 100 vezes mais para os gestores. Com a greve de 2003, houve o primeiro acordo de PLR no BB. E hoje a PLR do funcionalismo é a melhor do sistema financeiro, pois além da regra básica, paga uma porcentagem do lucro linearmente. Virou referência para toda a categoria.

3. Houve também avanços na busca da isonomia, tanto entre bancários admitidos antes e depois de 1998 (veja no site www.bancariosdf.com.br), como entre os bancários do BB e da Fenaban. Nesta última questão isonômica, o funcionalismo do BB conseguiu igualar os direitos da cesta-alimentação (em 2002 era R$60 no BB e R$153 na Fenaban), vale-refeição e auxílio-creche, todos menores que a CCT. Em 2007, com a nova conquista da 13ª cesta-alimentação, os bancários do BB e Caixa, signatários da CCT, também passam a recebê-la.

4. Com o fortalecimento da luta pelas questões comuns a todos os bancários, mais conquistas vieram nas questões específicas do BB, como em relação à Previ (solução da Parcela Previ, melhoria de benefícios e direitos dos associados), Cassi (pacote de reestruturação que contou com mais de R$300 milhões de aporte) e vários direitos sociais como direito a eleição de delegados sindicais, garantidos no acordo coletivo. 

O foco agora serão as negociações permanentes

Assinado o acordo, agora os sindicatos voltarão o foco para as negociações específicas permanentes, entre as quais se des-tacam:

PCC/PCS

* Pagamento da substituição e fim da lateralidade;

* Aumento do interstício no PCS;

* Incorporar o histórico funcional (padic) na carreira M.

ISONOMIA

* Poder acumular e vender os 5 dias de abono;

* Férias de 35 dias após 20 anos de empresa;

* 18 dias de licença-prêmio a cada ano;

* Volta do anuênio.

PREVI

* Aumento do benefício mínimo;

* Aumento no valor das pensões;

* Volta da eleição do diretor de participações;

* Abertura de financiamento da casa própria – CARIM – para os pós-98;

* Fim do voto qualificado (de minerna).

CASSI

* Melhoria do atendimento e implantação da ESF – Estratégia de Saúde da Família;

* Implantação do plano odontológico;

* Melhora nos exames periódicos obrigatórios pagos pelo banco, com a inclusão de todos os exames inerentes à idade e/ou fatores de risco laboral de cada funcionário.

CONDIÇÕES DE TRABALHO

* Melhorar o direito à OLT, conseguindo a garantia de pelo menos 1(um) delegado sindical por dependência, independentemente do teto geral da base sindical (direito existente hoje na Caixa Federal);

* Luta contra o assédio moral no BB;

* Controle rigoroso da jornada de trabalho;

* Aumento da dotação e lotação das agências e departamentos, adequando-se o quadro às reais necessidades de trabalho;

* Fim da terceirização de serviços.