O sindicato é um agente político e social que deve atuar sempre que projetos de poder ou de governo são construídos para afetar os interesses dos trabalhadores e da sociedade brasileira.
Chamamos de sindicato cidadão essa postura de não se omitir do debate. Negligenciar os efeitos de determinados programas de governo sobre os trabalhadores é não ter consciência de classe enquanto assalariados, seja do setor público ou privado.
Para não perder a capacidade classista na ação sindical, o sindicato não age orientado por interesses partidários para não dividir os trabalhadores ou afastá-los das lutas. Contudo, a direção deve ter posição e executar uma das suas missões: a politização.
O setor patronal e o mercado financeiro, apoiados por uma mídia financiada por eles, têm lado e não deixam de apresentar seus pleitos aos parlamentares ou aos candidatos majoritários, sempre perseguindo a redução ou flexibilização de direitos e a fragilização do movimento sindical.
É nosso dever participar do processo eleitoral ativamente, de forma suprapartidária e com unidade. Isso é maior que o dever cívico de votar. Por isso exigimos compromissos programáticos de candidatos com as causas sociais e com os interesses dos trabalhadores, ativos e aposentados.
Trabalhamos para o sistema financeiro, compreendemos seus movimentos políticos e nunca estivemos do mesmo lado dos seus interesses políticos. Mais uma vez temos que tomar decisões e sermos responsáveis por nossas escolhas!
Eduardo Araújo,
Presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília
