O processo seletivo interno no Banco do Brasil

0

Precisamos conversar sobre o processo seletivo interno no Banco do Brasil, ou os processos seletivos internos. E é nesta dicotomia que reside um dos grandes gargalos da questão, a falta, injustificável, de uma padronização. Não é possível que cada diretoria, ou área, tenha um padrão, ou adote um padrão para um processo seletivo que é para a mesma empresa.

Enquanto em algumas seleções há cronograma, feedback, ampla divulgação, na maioria não há, ou há apenas feedback, ou há cronograma e não há feedback nem divulgação, enfim, uma falta de padronização que não dialoga com as boas práticas administrativas e gera ansiedade àqueles que de boa-fé confiam, ou ainda tentam confiar, no processo.

Bancários têm procurado o Sindicato com uma recorrência incomum apontando esses e outros problemas na seleção interna. É inadmissível que um funcionário passe por um processo seletivo, seja escolhido e, ao final, receba a notícia, como uma ducha de água gelada, de que não poderá assumir a vaga para a qual concorreu em razão de ter “claro” na sua dependência de origem, ou seja, está sendo punido por ter sido selecionado em razão de um problema criado pelo banco: a falta de funcionários.

Neste último triste exemplo, porque gera ansiedade que resulta em adoecimento, urge que o banco encontre uma solução, ainda que se priorizem esses colegas em futuras seleções. O que não pode mais continuar acontecendo é uma consequência dessas para um colega selecionado com “claro” na sua dependência.

Outro absurdo nas seleções internas é a discriminação, a perseguição aos funcionários beneficiários de ações judiciais individuais e até mesmo coletivas. Embora o banco afirme que não exista tal prática, todos já sabem o quanto institucionalizada ela está.

Essa problemática, do processo seletivo, já foi objeto de mesa temática, negociação coletiva, em cujas oportunidades o banco apresentou as virtudes do processo, seleção estrita entre os 20 primeiros colocados, TAO, fez uma melhoria ou outra, mas infelizmente não mexeu nessas questões estruturais, como a falta de padronização.

Chama atenção que uma empresa com o tamanho e a história do BB, com instruções normativas (IN), Código de Ética e Normas de Conduta, ainda não tenha padronizado o seu processo seletivo interno.

Por fim, um bom exemplo vem da seleção para as novas Gepes, com ampla divulgação na AGN, cronograma, regras bem claras preestabelecidas. Lamentavelmente, esta, que deveria ser a regra, atualmente é a exceção no banco. 

Da Redação