Novos dirigentes da Cassi assumem mandatos até 2020

Tomaram posse nesta quarta-feira 1º os novos dirigentes da Cassi eleitos no pleito que ocorreu de 11 a 22 de abril passado. A cerimônia ocorreu na sede da instituição, em Brasília.

Humberto Santos Almeida assumiu a Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, com mandato até maio de 2020, no lugar de Mirian Fochi, que é ex-diretora do Sindicato.

Também assumiram os cargos os eleitos para o Conselho Deliberativo e para o Conselho Fiscal e os novos indicados pelo Banco do Brasil para esses dois Conselhos.

Na ocasião também foi anunciada a recondução do presidente, Sergio Iunes Brito, para novo mandato de mais quatro anos à frente da Caixa de Assistência.

A sustentabilidade da Cassi e a preocupação com a conclusão das negociações relativas ao custeio do Plano de Associados foram temas predominantes nos discursos de posse.

Em sua fala, Mirian agradeceu a todos os bancários do Banco do Brasil pelo voto de confiança dado a ela, destacando que, durante os quatro anos em que esteve à frente da Diretoria de Saúde e Relacionamento com Clientes, trabalhou “ininterruptamente” em defesa dos associados da Cassi. 

Leia a seguir o discurso de Mirian:

“Prezados colegas integrantes da mesa, Familiares, Senhores e Senhoras que nos honram com as suas presenças, bom dia!

Há quatro anos fazia minha intervenção relativa à nossa chegada à Cassi. Apreensiva, sim, com a enorme responsabilidade de representar as centenas de milhares de associados e associadas de nossa Caixa de Assistência. 

Sabia do enorme desafio que nos esperava, mas sentia, também, um enorme orgulho de servir a esta causa tendo como um dos nossos principais compromissos “ATUAR EM DEFESA DOS INTERESSES DOS ASSOCIADOS DA CASSI” e isto nós fizemos ininterruptamente nesses quatro anos.

Mas fizemos muito mais que isso. Ao tomarmos pé com mais intensidade da enorme quantidade de problemas a serem transpostos, procuramos escolher uma equipe que estivesse à altura desses desafios. Com pessoas que se complementassem em suas competências específicas e suas características próprias. Montamos uma equipe onde couberam as mais diversas formas de atuar dentro dessa engrenagem complexa e gigante que é a Cassi.

A competência da equipe que foi montada, deu o toque técnico necessário. Com essa equipe de gestores e o quadro de funcionários da Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, construímos uma relação harmoniosa entre todos, onde prevaleceu o profissionalismo, o respeito, a confiança, a franqueza, a solidariedade, a garra, a doação e a alegria. Essa sinergia permitiu que atravessássemos momentos muito difíceis sem esmorecer.

Agradeço imensamente, a cada funcionário que passou pela Diretoria de Planos e aos demais também.

Aprendemos, ao longo desses anos, a exercitar muito mais nossa veia negocial. Numa gestão compartilhada, por mais que se tenha divergências sobre encaminhamentos e busca de soluções, o ponto de partida para tudo é a compreensão e a determinação de NEGOCIAR O TEMPO TODO. 

O diálogo é imprescindível e procuramos fazer isso sempre, mesmo quando era difícil encontrar eco em alguns interlocutores. Não podemos deixar de registrar que os dois primeiros anos na Diretoria foram muito difíceis, sem apoio para que pudéssemos implementar propostas necessárias ao melhor funcionamento da Cassi.

Percebíamos ações nitidamente coordenadas entre diretorias com o objetivo de inviabilizar qualquer iniciativa que partisse de nossa Diretoria. Não baixamos a cabeça, pois nosso compromisso sempre foi muito maior que qualquer contrariedade ou mesquinhez.

Não fugimos de temas polêmicos, pois não foi nossa diretriz buscar ganhar simpatias para auferir resultados pessoais mais à frente. Desde o primeiro momento, à toda nossa equipe foi determinado que fizesse tecnicamente o que fosse necessário para o melhor desempenho da Cassi, e não o que pudesse nos render aplausos ou simpatias momentâneas. 
Quando assumimos, em 2012, a discussão do custeio, por exemplo, já deveria estar acontecendo há, pelo menos dois anos. Como era tema antipático para o sucesso de projetos pessoais, foi sendo procrastinado. Levamos essa discussão em todos os Fóruns dos quais participamos em 2013, 2014 e 2015. 

Sim, senhoras e senhores, o modelo de custeio do Plano de Associados é insuficiente para manter em equilíbrio suas contas e pouco ou nada havia sido feito para buscar soluções duradouras.

Além das naturais dificuldades impostas pela relação entre o custeio atrelado à variação salarial dos funcionários do BB e a inflação saúde sempre significativamente superior aos índices aplicados para reajustes salariais, somaram-se infindáveis publicações de Resoluções Normativas da ANS que impuseram enorme acréscimo de atribuições aos Planos de Saúde com grandes necessidades de aumento de tarefas a serem exercidas dentro da Cassi.

Sobre nossos ombros repousaram os maiores anseios dos associados e prestadores. A melhoria no atendimento está muito relacionada à Diretoria que hoje deixo formalmente. Muito fizemos para melhorar a Central de Atendimento. A maior celeridade nas autorizações de procedimentos foi e está sendo uma busca incessante, apesar das dificuldades estruturais.

Estamos deixando para nossos sucessores inúmeras iniciativas estratégicas já elaboradas e, lamentavelmente, ainda não implementadas. Digo lamentavelmente, porque considero equivocadas as não aprovações até o momento. Cito como exemplo a AUDITORIA IN LOCO nos hospitais que representam 80% de toda a despesa hospitalar da CASSI, que poderia estar nos garantindo melhor eficiência e uma considerável redução nas despesas básicas. 

Nossa Diretoria teve a iniciativa de elaborar o PROGRAMA DE EXCELÊNCIA NO RELACIONAMENTO, enaltecido pelas Entidades representativas do Funcionalismo e pelo próprio Banco do Brasil como uma excelente proposta estrutural para a Cassi, no tocante à sua diretriz de atenção à saúde e regularização de questões estruturantes. Cumprimos o papel de propor um trabalho que durou quase dois anos de elaboração, feito com o cuidado e carinho necessários a quem deseja um futuro promissor à nossa CASSI com reflexos positivos aos nossos participantes. 

Muitas foram as áreas que contribuíram para o trabalho final. Gerências de todas as Diretorias da Cassi deram sua contribuição. Torcemos para que a Cassi possa desfrutar desse trabalho em breve.

Disponibilizamos várias outras propostas, como o desenvolvimento de 15 PLANOS DE SAÚDE E 3 PLANOS ODONTOLÓGICOS, a JUNTA MÉDICA, que nos permitirá oferecer o que há de melhor, do ponto de vista da qualidade assistencial, e estancar a sangria de multas da ANS a partir de reclamações dos associados. Implementamos a ASSESSORIA AO PARTICIPANTE, a CENTRALIZAÇÃO DA COMPRA DE OPME – Órteses, Próteses e Materias Especiais na Central de Atendimento, propiciando maior controle e economia à Cassi. Mais de 100 milhões de reais já foram economizados com essas ações em andamento.

Apresentamos proposta de NOVA ÁREA DE NEGOCIAÇÃO da Cassi, prevendo a criação de uma equipe especializada, para negociar e se relacionar com os maiores prestadores de serviços que representam, mais de 70% de todas as nossas despesas. 

Nosso mandato foi norteado pela ÉTICA, TRANSPARÊNCIA, COMPROMISSO, HONESTIDADE e a ALEGRIA de dedicarmos todas as nossas energias para deixar uma CASSI muito melhor do que encontramos. 

Prestamos contas diuturnamente do nosso mandato aos associados e ao movimento sindical. Sim, esse segmento de representação dos trabalhadores do Banco do Brasil, sempre esteve atento a todo o mandato. O Sindicato dos Bancários de Brasília, em especial, do qual fiz parte, com muito orgulho, acompanhou de perto todo o mandato e atuou nos ajudando a transpor barreiras e a construir entendimentos em vários momentos. Ajudou, também, no que esteve ao seu alcance nas negociações com o Banco. 

A solução para o Plano de Associados está cada vez mais próxima. Tenho confiança de que podemos resolver a maior parte dos problemas, fechando entendimentos em mesa de negociação entre as Entidades de Representação dos Associados da ativa e dos aposentados, o que deverá ocorrer nos próximos meses. Durante todo o nosso mandato buscamos contextualizar nossos participantes para as questões mais graves que atingem a nossa Caixa de Assistência. Sim, o momento é crítico para o Plano de Associados, mas acreditamos na capacidade de mobilização dos associados em torno deste que é o nosso maior patrimônio. 

Não ficaremos apenas na torcida ou assistindo à distância, mas estaremos à disposição para contribuir ao melhor entendimento e acordo possível, que possa ser levado ao Corpo Social para a Reforma Estatutária necessária à sustentabilidade da CASSI. 

Disputamos uma eleição onde o foco da nossa campanha foi esclarecer os associados sobre os reais problemas de nossa Caixa de Assistência e as diversas formas de suplantá-los. Mostramos, também, as inúmeras ações adotadas que melhoraram a qualidade assistencial oferecida e a enorme economia alcançada com essas medidas. 

Fizemos uma campanha limpa, propositiva, sem omitir informações sobre nosso passado ou presente. Enfim, uma campanha onde, para ganhar votos, não enganássemos ou omitíssemos importantes informações para a escolha a ser feita pelos nossos colegas. No nosso entender, agindo assim, seríamos VENCEDORES, independente do resultado da eleição.

Desejo sucesso aos novos gestores da CASSI e encerro da mesma forma que encerrei o meu discurso de posse, expressando o mais profundo reconhecimento ao Movimento Sindical Bancário Cutista que, diuturnamente, num confronto desigual entre capital e trabalho, mantém a luta e avança, estabelecendo novos paradigmas para toda a classe trabalhadora. 

Para homenageá-los e a todos e todas que lutam, DE VERDADE, por um mundo melhor, novamente peço licença ao povo do meu Rio Grande amado para utilizar uma estrofe do nosso lindo hino que diz o seguinte:

Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo.

Obrigada!”

Veja quem são os novos conselheiros:

Da Redação com informações da Cassi